Slayer: 22 anos de “God Hates us All” e o terrorismo em forma de música

O dia 11 de setembro além de ser lembrado pelo dia dos ataques terroristas em 2001, é também lembrado por dois álbuns do Slayer: “Repentless“, de 2015 é um deles, e o nosso homenageado, “God Hates us All“, lançado enquanto os muçulmanos atiravam dois aviões contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.

Era um desafio para a banda voltar a fazer um bom álbum, que remetesse a banda aos tempos áureos de sua tríade “Reign In Blood”, “South Of Heaven” e “Seasons In The Abyss”.  O Slayer precisava dar a resposta que o público esperava.

Produzido por Matt Hyde e lançado pela American Recordings,  “God Hates us All” foi gravado no “Warehouse Studios”, em Vancouver, Canadá, mixado no “Larrabee East“, em Los Angeles e a masterização se deu no “Oasis Mastering“, também na California.

A capa ganhou uma versão alternativa, pois a original gerou controvérsias por apresentar uma réplica da Bíblia cravejada de pregos e com sangue. A arte é assinada por Louis Marino. “God Hates us All” é também o último álbum com o baterista Paul Bostaph, até o seu retorno em “Repentless“. As letras, escritas em sua maioria por Kerry King, tratam de temas como religião, assassinato, vingança e auto-controle.

Em 42 minutos, o play mostra uma tentativa bem sucedida do Slayer em voltar a soar como nos velhos tempos, uma vez que depois de “Divine Intervention” (1994), a banda lançou um álbum de covers de bandas Punks, “Undisputed Attitude” (1996) e o estranho “Diablos in Musica” (1998), onde os flertes com o New Metal foram intensos. “God Hates us All” apesar de trazer elementos modernos, devolve o Slayer ao caminho do Thrash Metal. Músicas como “Disciple“, “God Send Death“, “Bloodline“, “Here Comes the Pain” e “Payback” eram as amostras de que o Slayer havia voltado con tudo.

O álbum foi aclamado pela crítica e pelo público. Nas paradas musicais pelo mundo, o álbum ficou em 9° no Canadá e Alemanha, 11° na Itália, 12° na Finlândia, 15° na Austrália, 16° na Bélgica, 18° na Suécia, 25° na França, 28° na “Billboard 200”, 31° no Reino Unido e na Áustria, 32° na Dinamarca, 35° na Nova Zelândia e 44° na República Tcheca.

A banda caiu na estrada, porém, Paul Bostaph acabou sendo acometido por uma seria lesão em seu braço, que o deixou impossibilitado de tocar bateria. Então ele não teve outra opção a não ser deixar o Slayer, que chamou de volta Dave Lombardo e assim voltou a ter seu lineup original, que tocou junto por mais dez anos.

Hoje é dia de celebrar esse álbum maravilhoso. Se não temos mais a banda na atividade, ao menos temos a história e esse rico legado deixado pelo Slayer. E nosso orgulho de, em milhares de anos da existência humana neste planeta, nós tivemos a sorte de viver na mesma época destes caras. Somos predestinados.

God Hates us All – Slayer
Data de lançamento – 11/09/2001
Gravadora – American Recordings

Faixas:
01 – Darkness of Christ
02 – Disciple
03 – God Send Death
04 – New Faith
05 – Cast Down
06 – Threshold
07 – Exile
08 – Seven Faces
09 – Bloodline
10 – Deviance
11 – War Zone
12 – Here Comes the Pain
13 – Payback

Formação:
Tom Araya – Baixo/Vocal
Kerry King – Guitarra
Jeff Hanneman – Guitarra
Paul Bostaph – Bateria

One thought on “Slayer: 22 anos de “God Hates us All” e o terrorismo em forma de música

  • maio 19, 2024 em 10:56 pm
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    Porrada na Oreia…grande clássico e com capa polêmica, um dos melhores albuns do Slayer!!!! Valeu!!!!

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