Slayer: há 18 anos, banda retornava com sua formação original com “Christ Illusion”
Há 18 anos, em 4 de agosto de 2006, o Slayer lançava um álbum histórico: “Christ Illusion” o décimo álbum da banda (se considerarmos na contagem o álbum de covers de Punk lançado em 1996, “Undisputed Attitude“) e o primeiro a contar com a formação original desde “Seasons in the Abyss” (1990). O play é assunto a ser abordado por nós aqui neste domingo.
Em 2001, logo após o lançamento de “God Hatea us All“, o baterista Paul Bostaph saiu e Lombardo recebeu um telefonema onde era convidado a retornar para a banda que ele havia deixado dez anos antes. Ele topou, Jeff Hanneman ficou empolgado no início, mas Kerry King estava com o pé atrás. Mas foi só começarem os ensaios que toda desconfiança caiu por terra e logo logo a banda estava fazendo shows.
Em 2003, os integrantes já começaram a gravar o material que seria lançado em “Christ Illusion“. Em 2004, Jeff Hanneman deu uma entrevista que deixou os fãs bem ansiosos:
“Eu e Kerry temos um monte de canções” e expressou a intenção da banda de terminar o álbum naquele ano”.
Mas o álbum sofreu um atraso no lançamento devido a dificuldade de troca na distribuidora das cópias do álbum. A American Recordings gostaria de trocar a Columbia pela Warner Bros e como o acerto entre selo e distribuidora só aconteceu em 2005, a banda segurou o lançamento do play.
O Slayer gostaria de contar novamente com Rick Rubin na produção, mas este acabou declinando após ter se mostrado aberto a ideia. Ele acabou por aceitar produzir o álbum “Death Magnetic“, do Metallica, o que Kerry King classificou como um “tapa na cara”. Ainda assim, Rubin contribuiu com a produção do álbum, porém, Kerry King diz lembrar apenas de umas participações de Rubin fazendo algumas sugestões na mixagem final. A produção do álbum ficou a cargo de Josh Abraham.
A banda fez uso de dois estúdios para registrar o novo play: o NRG Recording Studios e o Westlake Recording Studios, ambos em Los Angeles, por onde ficaram entre o final de fevereiro e o mês de abril de 2006. A música “Catalyst“, originalmente gravada para estar em “God Hates us All” e que ficou de fora, foi regravada e desta vez entrou no aniversariante do dia. Detalhe que existe uma música gravada que se chama “Final Six” e que seria também o título do álbum, mas acabou de fora pois Tom Araya precisou fazer uma cirurgia na vesícula e assim não conseguiu concluir a gravação do vocal. Posteriormente a faixa saiu em um relançamento.
A capa do álbum, retratando um Cristo mutilado, foi alvo de críticas, sobretudo na Índia, onde as cópias do álbum foram recolhidas e destruídas pela EMI indiana. A obra foi assinada por Larry Carroll, que assinou as capas de três obras primas do Slayer: “Reign in Blood“, “South of Heaven” e “Seasons in the Abyss“. Uma capa alternativa para o álbum foi disponibilizada para atender aos revendedores conservadores que de alguma forma se ofenderam e/ou se sentiram incomodados com a arte da capa.
O álbum conta com 10 músicas em 38 minutos, na média de duração dos discos que a banda costumava lançar. Mostra um Slayer ainda rápido e brutal, com pitadas de modernidade em sua sonoridade. O grande destaque mesmo foi a performance de Dave Lombardo, que deu um show em seu retorno ao posto de baterista da banda. O álbum recebeu boas críticas da imprensa especializada e foi aclamado pelo público que aguardava ansioso pelo retorno da formação original.
Nos charts, o álbum alcançou a 1ª posição na categoria “Top Tastemakers”, da Billboard; 2° lugar na Finlândia, Alemanha e na categoria dos álbuns de Rock da “Billboard”; 3° no Canadá, 4° na Suécia e 5° na “Billboard 200” (a melhor posição de sempre que a banda alcançou na maior parada musical do planeta): 6° na Áustria, 8° nos Países Baixos, 9° na Austrália, 10° na Irlanda e Nova Zelândia, 11° na Hungria e na Suíça, 14° na Dinamarca, 17° no Japão, 18° na Itália, 19° na Bélgica, 23° no Reino Unido e 52° na França. A música “Eyes of the Insane” ganhou o Grammy Awards na categoria “Melhor Performance Metal“, no ano de 2007. Em 2008 repetiu a dose, desta vez com a faixa “Final Six“.
A banda logo saiu em turnê para divulgar o álbum e o Brasil foi incluído, na “The Unholy Alliance Tour“, com shows no Rio de Janeiro (Fundição Progresso), Belo Horizonte (Credicard Hall) e duas noites em São Paulo (Via Funchal, casa que infelizmente não mais existe).
Se não é um clássico quanto os álbuns lançados por essa mesma formação original no final da década de 1990, trata-se de um lançamento que reuniu os quatro caras que formaram a banda mais rápida dentre todas as do chamado The Big 4. Hoje é dia de celebrar esse play tocando-o no volume máximo. Para felicidade de alguns poucos afortunados, a banda estará de volta para duas apresentações no mês que vem, será a mesma formação que tocou nos últimos dias. Tom Araya, Kerry King, Gary Holt e Paul Bostaph. Nada indica que será um retorno definitivo.
Christ Illusion – Slayer
Data de lançamento – 04/08/2006
Gravadora – American Recordings
Faixas:
01 – Flesh Storm
02 – Catalyst
03 – Skeleton Christ
04 – Eyes of the Insane
05 – Jihad
06 – Consferacy
07 – Catatonic
08 – Black Serenade
09 – Cult
10 – Supermist
Formação:
Tom Araya – vocal/ baixo
Kerry King – guitarra
Jeff Hanneman – guitarra
Dave Lombardo – bateria
“Death Magnetic“ também foi um tapa na cara de alguns fãs!!!! Sobre o Slayer: “Christ Illusion” é um dos meus discos preferido dos caras…gosto de ouvir muito ¨Cult¨, só coisa boa nesse disco!!!! Valeu!!!!