Steve Harris defende os álbuns “The X Factor” e “Virtual XI”
O baixista e fundador do Iron Maiden, Steve Harris, se pronunciou em defesa de dois dos álbuns mais criticados da banda—The X Factor (1995) e Virtual XI (1998)—em entrevista exclusiva ao Metal Hammer, publicada no site Louder Sound em 1º de setembro de 2025.
Ele afirmou:
“Acho que disse isso na época — e ainda acredito — que esses dois são álbuns realmente fortes e poderosos, e as pessoas vão apreciá-los mais com o tempo. E as pessoas estão voltando a descobri-los e percebendo que são bons.”.
Sobre The X Factor, Harris comentou:
“The X Factor, em particular, é realmente bom, mas é um álbum sombrio. Provavelmente porque eu estava passando por um momento sombrio com a saída do Bruce e me divorciando na época, tudo isso acontecendo. Mas o que saiu disso foi um álbum poderoso. Você transforma coisas negativas em algo positivo, e essas emoções saem — e é isso que você pode fazer com a música. A música é algo tão poderoso.”
Ambos os discos foram mal recebidos crítica e comercialmente: The X Factor estreou em 8º lugar nas paradas do Reino Unido, enquanto Virtual XI chegou apenas à 16ª posição. Ele também fez uma reflexão sobre as reações tanto do público quanto da banda. Questionado se considerou “jogar tudo para o alto” nesse período tenebroso, respondeu com sinceridade:
“Apenas por algumas horas. É como quando [meu time de futebol favorito] West Ham perde — eu fico na fossa por duas horas, mas você precisa se recompor, sacudir a poeira e seguir em frente. É a única forma de fazer isso funcionar.”
E ainda complementou com uma dose de realismo sobre o trabalho da banda:
“Mas eu não acho que já fizemos o álbum perfeito. ‘Number Of The Beast’, as pessoas acham que é o álbum perfeito, mas há duas músicas lá que não são tão boas quanto as outras [referindo-se a Invaders e Gangland]. Nem tudo vai ser bom, né?”
A chamada era Blaze Bayley, que se estendeu entre 1994 e 1999, sempre foi considerada um dos períodos mais turbulentos da história do Iron Maiden. A escolha do ex-vocalista do Wolfsbane para substituir Bruce Dickinson aconteceu em meio a uma crise interna, e isso refletiu diretamente no estilo musical dos discos. The X Factor apresentou composições mais densas, sombrias e introspectivas, espelhando os conflitos pessoais de Harris, enquanto Virtual XI tentou adotar uma abordagem mais acessível e direta, mas acabou enfrentando fortes críticas da imprensa especializada e dos fãs, além de se tornar um dos álbuns menos vendidos da discografia. Nos palcos, a recepção também foi dividida: parte do público abraçou Blaze, enquanto outra nunca conseguiu aceitar plenamente sua voz interpretando os clássicos da banda. Ainda assim, esse período manteve o Iron Maiden em atividade, lançando material novo e excursionando em grandes turnês mundiais até o retorno triunfal de Bruce Dickinson e Adrian Smith em 1999.
Minha teoria é que: Se fosse o Bruce nos vocais, duvido se essa matéria eu estaria opinando aqui hoje!!!! Em termos gerais, o album é críticado por causa do vocalista chamado Blaze e que muita gente não gosta!!!! Gosto desses albums do Maiden com o Blaze assim como gosto dos albums com Tim Owens no Judas Priest!!!! Tenho boas lembranças desses albums em que ouvia ainda em fitas cassetes da época, bons tempos aqueles sem essa tecnologia de hoje…valeu!!!!