System of a Down está “testando” 2025 para possíveis novos shows

Quando o System of a Down anunciou uma turnê maior do que os shows esporádicos que vinha realizando no ano passado, pegou os fãs de surpresa, já que o vocalista Serj Tankian dizia não ser adepto de longas viagens e tudo o mais. E esse ano de 2025 será uma espécie de teste para a banda agendar mais apresentações no futuro.

Em entrevista a “Trunk Nation With Eddie Trunk” da SiriusXM, Shavo Odadjian falou sobre a ideia, e comenta sobre as datas anunciadas para este ano:

 “Literalmente em poucas horas esgotamos todos os shows, e foi um choque para nós. Mas estou muito feliz que os estádios estavam disponíveis perto dessas datas. Tivemos uma conferência de bandas que esgotou. Meu empresário nos chamou. Ele disse, tipo, ‘Cara, vocês esgotaram tudo.’ … Isso me surpreendeu. As pessoas dizem, tipo, ‘Por que isso deveria ser tão surpreendente para você?’ Todo mundo nos vê de uma certa maneira. Eu ainda nos vejo como aquela banda de Hollywood. Não estou nos vendo como essa banda gigante que poderia esgotar o MetLife duas vezes, duas noites seguidas. Estádios de futebol, mano. Então, decidimos, ‘Vamos adicionar outro show a cada um.’ E nós colocamos lá no dia seguinte e esses esgotaram também.”

Sobre a escolha de três cidades para se apresentar na América do Norte, o baixista diz o porque:

 “Não tocamos muito juntos há algum tempo. Temos feito um ou dois shows por ano desde 2017. Então, os relacionamentos não eram tão bons quanto são agora. É que todo mundo não estava na mesma página. Temos conversado. Está tudo ótimo, bate na madeira. Todo mundo está feliz. Então decidimos testar as águas e fazer alguns shows. E é isso que é. Não há estratégia para isso, não há plano para fazer o resto do mundo ainda. Não estou dizendo que não vai acontecer; não estou dizendo que vai acontecer. Nós dissemos um ao outro: ‘Vamos improvisar, fazer esses shows, ver como nos sentimos depois. Se não quisermos fazer mais, não fazemos mais. Se quisermos fazer mais, faremos mais.’ Não há uma grande responsabilidade para ninguém, porque sinto que muito disso é apenas pensar demais, pensar demais no que pode acontecer.

Experiências ruins aconteceram com certas pessoas, e elas meio que consideram isso como TEPT, eu acho. E agora que as coisas estão melhores, estamos mais velhos, nós pensamos, ‘Cara, sem pressão, mano. Vamos fazer. Se gostamos, fazemos. Se não gostamos, não fazemos.’ Porque você sabe de uma coisa? Serj se divertiu muito no Sick New World do ano passado. Nós tivemos um show incrível e divertido e todos saíram do palco se abraçando. E então ele ligou de volta, ele disse, ‘Cara, eu adorei. Vamos fazer mais disso.’ Então foi aí que aconteceu. Nós dissemos, ‘Vamos lá.’ Enquanto todos estiverem caídos. Daron estava caído. Então decidimos, ‘Vamos testar as águas. Não vamos simplesmente ir com tudo e começar a fazer meses. Vamos apenas testar as águas com três shows.’ Esses três shows viraram seis.”

Ele conclui:

“Faz muito tempo que não vamos lá. Porque temos feito muitas coisas da Costa Oeste, porque não temos saído da Costa Oeste. Como eu disse, temos meio que mergulhado o dedo do pé na água, testando a temperatura da água. Então, temos meio que perturbado a Costa Leste. Parece que não gostamos de ir para lá, mas amamos a Costa Leste. Amamos tudo. Amamos o país inteiro. Não é nada pessoal. Então, quando decidimos fazer alguns shows extras, dissemos: ‘Precisamos ir para a Costa Leste. É onde este ano tem que ser.’ Então essa é a razão — porque nós, do Leste; realmente queremos. Falamos sobre isso todos os dias — John e eu falamos sobre isso todos os dias. Nós ficamos tipo, ‘Mal podemos esperar por isso.’ Então, estamos ansiosos para ver a multidão, estar lá e ver a cidade e aproveitá-la com aquele olhar novamente. Estamos tocando na cidade novamente. E tocar em dois estádios em cada cidade é simplesmente — é um presente.”

Nós podemos fazer isso. Olha, nos últimos anos, temos feito um ou dois shows. E nós vamos e ensaiamos duas semanas para um show. Eu acho que isso não é inteligente. Então, seis shows são melhores do que um show para mim. Eu aceito. Eu aceito, e não vou pedir mais. Eu quero que aconteça organicamente. Eu acho que nossa banda é essa banda — não podemos ser mandados o que fazer. Quanto mais nos pressionamos para fazer algo, menos fazemos. Então eu acho que quanto menos pressionamos, mais faremos. Isso deve ser feito porque queremos fazer, amamos fazer, e é por isso que fazemos.”

Na América do Norte, o System of a Down terá como acompanhantes o Korn, Deftones e o Avenged Sevenfold, cada banda em uma das datas. Já no Brasil, a banda passará por diversas capitais e realiza dois shows em São Paulo, ambos com os ingressos esgotados.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *