Vocalista do GWAR responde à polêmica sobre “matar” Trump no palco: “É cartoon, é Looney Tunes”

A banda norte-americana GWAR voltou ao centro de uma polêmica depois de sua apresentação no Riot Fest, em Chicago, no último dia 20 de setembro. Durante o show, o grupo encenou o “assassinato” de atores vestidos como Donald Trump e Elon Musk, com direito a sangue falso jorrando sobre o público.

As imagens rapidamente circularam nas redes sociais, especialmente em perfis conservadores como o Libs of TikTok, que acusaram o grupo de incitação à violência. Em um dos vídeos, um ator fantasiado como alienígena esfaqueia a figura de Trump com uma espada e arranca “intestinos” cenográficos, arrancando aplausos da plateia. A publicação dizia:

“Artistas do Riot Fest em Chicago, Illinois, simularam o estripamento sangrento do presidente Trump no palco, enquanto a multidão aplaudia. Isso é incitação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Os democratas não conseguem se conter. Eles adoram promover a violência.”

Diante da repercussão, o vocalista da banda, Michael Bishop, que interpreta o personagem Blöthar The Berserker, respondeu às críticas em entrevista à Billboard. Ele rejeitou a ideia de que a performance tenha conotação política ou de que normalize violência:

“A ideia de que o GWAR está normalizando a violência é completamente absurda. Não somos milionários que têm medo do que as pessoas vão dizer quando virem o que fazemos.”

Questionado sobre a indignação conservadora, Bishop foi ainda mais direto:

“É, me irritou! Somos um grupo de artistas que faz arte, e a ideia de que o que fizemos é normalizar a violência… não há nada de normal na violência que acontece em um show do GWAR. É um desenho animado, é Looney Tunes.”

O GWAR, conhecido por se apresentar como alienígenas vindos do fictício planeta Scumdogia, construiu sua carreira com espetáculos teatrais, repletos de sátira social, humor grotesco e encenações sangrentas. Para a banda, o exagero faz parte de uma estética que mais se aproxima de um desenho animado do que de qualquer apologia real à violência.

Mesmo diante das críticas, o grupo manteve sua postura provocativa, fiel ao estilo que o tornou uma das atrações mais excêntricas e polêmicas do metal mundial. Veja abaixo o momento.

Crédito da imagem: Barry Brecheisen/Getty Images

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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