Wolfgang Van Halen revela como a morte do pai abalou sua espiritualidade: “Fiquei menos espiritual depois que ele se foi”

Wolfgang Van Halen abriu o coração ao discutir como a morte de seu pai, o lendário guitarrista Eddie Van Halen, transformou profundamente sua relação com a espiritualidade. As declarações foram dadas em entrevista ao Louder Sound, onde o músico explicou que o luto abalou crenças que antes pareciam inabaláveis.

Segundo Wolfgang, ele acreditava que a forte conexão que mantinha com Eddie seguiria existindo mesmo após a morte. Quando essa sensação não veio, sua fé sofreu um impacto profundo.

“Eu era uma pessoa espiritual, mas depois que perdi meu pai, me tornei menos espiritual”, disse. “Nossa conexão era tão especial que eu provavelmente conseguiria senti-lo mesmo se ele não estivesse mais aqui, e não consigo.”

O músico descreve a decepção emocional de esperar um sinal, uma presença, algo que reafirmasse o vínculo, mas receber apenas silêncio.

“É reconfortante pensar assim, mas quando o pior acontece e você perde pessoas próximas e não sente mais essa conexão, é fácil perder o controle desses sentimentos. Isso deixa um vazio enorme dentro de você.”

Mesmo com sua espiritualidade abalada, Wolfgang encontrou formas próprias de manter Eddie por perto. Ele carrega as cinzas do pai em um colar, acompanhadas de um anel e um pingente em forma de coração contendo a impressão digital de Eddie — um gesto revelado pelo Van Halen News Desk.
Durante todos os shows, Wolfgang aponta para o céu. O hábito, segundo ele, nasceu naturalmente, mesmo sem uma crença religiosa definida:

“Não sei por que faço isso. Acho que meu relacionamento com meu pai era tão forte que, se houvesse uma maneira de se comunicar com alguém que já se foi, nós conseguiríamos. E eu não senti nada.”

A morte de Eddie Van Halen, em outubro de 2020, segue moldando sua visão de mundo. Como destacado pela Loudwire, Wolfgang transformou essa dor em combustível criativo, consolidando seu próprio caminho musical com o Mammoth WVH. Em vez de buscar respostas espirituais, ele encontrou sentido na arte, no legado e nas memórias que carrega diariamente — no palco, no peito e na música.