Resenha: Elegant Weapons – “Horns for a Halo” (2023)
Os supergrupos estão em alta, e cada vez mais, vemos fusões de integrantes de diversas bandas vindo dos mais diferentes gêneros do heavy metal. Richie Faulkner enganou a morte após uma grave situação do coração, excursiona com o Judar Priest e ainda arrumou tempo para encabeçar o Elegant Weapons.
Ali, ele se junta ao lendário Rex Brown do Pantera, Ronnie Romero do Rainbow e Scott Travis, parceiro de Faulkner no Judas, e juntos, eles lançam “Horns for a Halo“, disco que mostra ao que a banda veio e qual a sua proposta.
Lançado pela Nuclear Blast Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, traz um heavy metal encorpado, bem amarrado e não podia ser diferente devido a grande experiência e peso dos nomes de onde seus componentes vem.
Em dez faixas, a banda desfila grandes momentos como no riff de abertura em “Dead Man Walking“, que traz linhas vocais muito bem executadas de Ronnie, e uma cadencia muito bem realizada, colocando as coisas no rumo desde o inicio. Faulkner nos brinca com um solo curto, mas muito bem pensado. “Do or Die” é rápida, enérgica e parece alguma composição perdida do Priest. O refrão parece algo vindo dos anos 80, e é dono de um carisma enorme. “Blind Leading The Blind” flerta com o blues de longe, é cheia de energia e com versos ritmados que caem em outro refrão incrível cantado com maestria por Ronnie, e a presença do baixo de Brown surge forte aqui. “Ghost of You” é uma espécie de balada que coloca um freio no peso e aceleração, um pouco perdida nesse ponto do álbum, mas válida. “Bitter Pill” é uma grande peça por aqui, trazendo inspirações no Sabbath e um Faulkner inspiradíssimo, e um dos melhores momentos do disco. “Light Out“, cover do UFO, volta ao momento mais ligeiro e busca corpo em um sintetizador que corre todos os versos gerando clima saudosista. A faixa título da sequência, com belas linhas vocais mais uma vez e momento um tanto melódicas. Antes do final, temos tempo para a progressiva “White Horse”, uma das, se não a, melhor faixa do disco. Com sua bela introdução, certamente nos shows será uma das músicas mais ovacionadas e deveria ter sido escolhida para fechar a obra.
Por um momento, mesmo como a intitulada, “nova banda” de Richie Faulkner, o registro parece girar mesmo em torno do grande talento de Romero que brilha no todo do álbum. O disco pode não apresentar novas fórmulas, mas carimba a estreia do supergrupo que em um segundo episódio, pode render ainda mais grandes frutos.
NOTA: 7