Megadeth – “The Sick, The Dying…and the Dead” (2022)
Foram anos de algumas incertezas para o Megadeth desde o lançamento de “Dystopia”, há já longínquos seis anos. Passando por momentos atribulados como a recuperação de Dave Mustaine, mudança de baterista e o caso do escândalo de David Ellefson.
Tudo isso deixaram os fãs apreensivos, mas a banda supera as turbulências e nasce daí seu mais novo registro, “The Sick, The Dying… And the Dead”. Primeiro registro de Dirk Verbeuren na bateria, e com linhas de baixo refeitas pelo mestre Steve DiGiorgio. Voltam para as seis cordas, Kiko Loureiro, bastante solto dessa vez, colocando em vários solos, suas marcas e o próprio Mustaine, afiado e pronto pro ataque.
E falando em ataque, é isso que o disco é desde o seu início com a faixa título. Os primeiros riffs nos transportam para a fase da banda nos anos 90 e de imediato irá tirar sorrisos dos fãs. “Life in Hell” é dona de uma pegada cavalar e de um dos solos mais brilhantes de todo o disco, e ainda traz um Dirk inspiradissimo! “Night Stalkers” fecha a trinca de abertura sem dar descanso, e traz Kiko e Mustaine soando em uníssono em trechos incríveis, com a cozinha explodindo no acompanhamento. “Dogs of Chernobyl” mostra um Megadeth mais conciso, em uma intro de quase dois minutos e soando brilhantes e mudando para um trem sem freio no final. “Junkie” mostra mais uma vez a genialidade de Dirk, soando em uma andamento “descompassado” da banda e carregando a faixa. “Killing Time” soa mais “limpa” e branda, para explodir a “cavalar” “Soldier On!”, com riffs brutais e Kiko brilhando. “Célubutante” é agressiva do começo ao fim, com uma mudança na metade que irá cansar muitos pescoços por aí, e ainda há tempo para uma passagem mais melódica perto do final! “We’ll Be Back” é um dos maiores momentos sonoros que o Megadeth já registrou, com trabalhos de guitarra impecáveis e as amarras da cozinha magistrais. Candidata fácil a melhor! “Police Truck” cumpre o papel de encerrar e o faz bem, sem muitos detalhes.
A produção do próprio Mustaine junto de Chris Raskestraw é outro grande ponto, enaltecendo o peso de cada instrumento e fazendo do registro, um dos melhores do ano e de longe, o melhor trabalho em anos de Megadeth!
NOTA:10⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
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