Resenha: Suffocation – “Hymns From the Apocrypha” (2023)
Demoraram seis longos anos para que o Suffocation lançasse um novo álbum. E como tivemos uma pandemia nesse meio tempo, talvez, alguns fãs possam ter passado deste mundo sem testemunhar o sucessor de “… Of the Dark Light“.
“Hymns From the Apocrypha” é o nono álbum desta banda veterana de Long Island e foi lançado dia 3 de novembro, via Nuclear Blast e é marca a estreia do vocalista Ricky Myers, que está na banda desde 2019. O guitarrista Terrance Hobbs é o único membro original. A banda é conhecida por ser uma das que empregaram uma complexidade maior às composições de Death Metal, o que acabou criando uma vertente a mais, o chamado Technical Death Metal.
A banda se juntou ao produtor canadense Christian Donaldson, que já trabalhou, dentre outras bandas, também com o Kataklysm, e as gravações aconteceram no InLine Studio, em Long Island. O trabalho de Christian beirou a perfeição, já que é complicado deixar o som limpo, sem perder a agressividade, a brutalidade e o peso.
Com a bolacha rolando, o Suffocation apresentou aquilo que nós já esperamos da banda: peso, técnica e velocidade combinada com partes mais cadenciadas, tudo isso em doses cavalares. Quem gosta de música bem tocada vai pirar neste álbum. Temos nove canções, sendo oito inéditas, pois a faixa “Ignorant Deprivantion” é uma regravação, a faixa já havia sido lançada no disco “Breeding the Spawn” (1993). Em 41 minutos de caos, os grandes destaques são as faixas “Hymns from the Apocrypha“, “Immortal Execration“, “Seraphim Enslavement” e “Descendants“.
Após a audição, a sensação é de que o ouvinte foi atropelado por um caminhão desgovernado descendo uma ribanceira. E a sensação de que valeu a pena esperar seis longos anos por um novo play dos reis do Death Metal técnico. Certamente um dos melhores álbuns do ano de 2023. Só não é recomendado para ouvidos sensíveis.
NOTA: 9,0