Resenha: Svalbard – “The Weight of the Mask” (2023)
Todos os dias nos deparamos com a frase, “ah mas não tem banda nova e boa”. É claro que para aqueles que buscam um novo Iron Maiden ou Metallica, isso acontecerá, tomando a liberdade de começar esse texto me parafraseando.
Já para quem quer descobrir novos horizontes, sempre vemos bons momentos e o Svalbard é um desses e merece sua atenção, caso esteja aberto a modernidade.
A banda não é assim tão nova, já caminha há mais de uma década, e no ano passado, o grupo lançou seu mais novo registro, o disco, “The Weight of the Mask“, lançado pela parceria Nuclear Blast e Shinigami Records.
Ali, o Svalbard traz aquele som encorpado do metalcore e metal moderno, abrindo com “Faking It“, faixa agitada, com energia lá no alto e entra na sequência com a poderosa “Eternal Spirits“, que mescla momentos mais melódicos e outros bastante agressivos, se tornando um dos destaques do álbum. “Defiance” segue essa linha, e traz uma levada mais cadenciada e a vocalista Serena Cherry traz um ótimo trabalho com sua voz. “November” muda o andamento, fazendo algo mais limpo no início, criando clima para o caos que vem na sequência. “Lights Out” é uma das mais densas, seja pelo andamento instrumental, como os vocais com uma das letras mais pesadas que o disco apresenta, e merece parte da nota por si só.
Aliás, a parte lírica do disco é algo bastante complexo, pois é uma ida do céu ao inferno, passando por temas sombrios que tratam principalmente da depressão.
Ainda há tempo para “Pillar in the Sand“, com todo sua melancolia em peso, arrastando uma dor visceral e o encerramento com a forte “To Wilt Beneath The Weight“, que chega com força e carregada de raiva.
O Svalbard consegue em seu quarto disco trazer sua obra prima, que amadurece o seu som e consegue buscar no amargo da vida, o combustível para o que foi um dos melhores discos de 2023.
NOTA: 8