Led Zeppelin: 49 anos do álbum “Physical Graffiti”
Há 49 anos, em 24 de fevereiro de 1975, o Led Zeppelin lançava “Physical Graffiti“, o sexto álbum na ordem cronológica desta sensacional banda formada por Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham e que é tema do nosso bate-papo por aqui.
O fato curioso deste álbum é que as músicas começaram a ser gravadas no ano de 1970, cinco anos antes do lançamento oficial. A produção do álbum em si se iniciou em novembro de 1973. É o primeiro álbum lançado pelo selo criado pela própria banda, a Swan Song.
Das quinze músicas que fazem parte deste álbum, lançado na época como um vinil duplo, sete foram gravadas antes do período de produção, incluindo a faixa “Houses of the Holy“, que foi o título do álbum anterior. Talvez não exista um caso em que uma banda tenha gravado uma canção com o mesmo nome de um álbum, mas que tenha lançado tal música em um álbum subsequente.
Os estúdios utilizados para a gravação homenageado do de hoje foram: Headley Garage, Ronny Lane’s Mobile Studios, Olympic Studios, Island Studios. A mixagem se deu no Olympic Studios e também Electric Lady Studios e a produção foi assinada por Jimmy Page.
Em “Physical Graffiti“, o Led Zeppelin desbrava diversas influências, ainda que o Hard Rock e o Rock Progressivo sejam as vertentes predominantes por aqui. Temos também um grand clássico, que veio a influenciar o Rock Sinfônico, podemos assim dizer, que é a música “Kashmir” e até mesmo uma fusão de Country com Rock, que temos na faixa “Night Flight“. É considerado por muitos como a obra prima deste quarteto.
Houve poucas sobras de gravações deste play, a maioria delas acabou sendo lançadas no álbum “Coda“, este que saiu no ano de 1982, portanto depois que a banda se separou. Um arranjo inicial da música “Custard Pie“, que era diferente da versão eternizada no álbum, foi refeita e acabou se tornando a música “Hots on For Nowhere“, e acabou entrando no álbum posterior, “Presence“.
No momento do lançamento, a banda encontrava-se em turnê pela América do Norte. A ideia inicial era que o álbum fosse lançado antes do início desta tour. Entretanto, o álbum sofreu com atrasos no que diz respeito ao design da capa e eles caíram na estrada mesmo sem o álbum ter sido lançado, que é o que as bandas comumente fazem, lançam os seus álbuns para depois saírem em turnê e divulgá-los.
Temos 15 músicas distribuídas em 4 lados na versão vinil, em dois discos na versão em CD, totalizando mais de 1 hora e 20 minutos. Um tempo relativamente longo para um álbum, é bem verdade, mas não é um álbum qualquer e sim um verdadeiro clássico de uma das maiores bandas da história do Rock. A rapaziada dessa nova geração tem preguiça de escutar um disco inteiro, mas quem se arriscar a fazê-lo aqui, certamente não se arrependerá. O álbum é cheio de músicas interessantes, mas o grande destaque é a já citada “Kashmir“.
“Physical Graffiti” foi aclamado pela crítica e público, chegando rapidamente ao topo da Billboard, onde permaneceu por seis semanas nesta posição. Sempre citado entre os maiores discos de todos os tempos, ele faz parte da lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll of Fame, além de ocupar a posição de número 70 na lista dos melhores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone.
Outro fato curioso é que o homenageado do dia quando lançado, alavancou os álbuns antecessores do Led Zeppelin, fazendo com que a banda entrassem para a lista dos 200 álbuns mais ouvidos. Vendeu mais de 8 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos e ganhou 16 discos de platina neste país, dois de platina no Reino Unido, além de ouro na Argentina, Alemanha e França.
Na época do lançamento, além do primeiro lugar na Billboard, “Physical Grafitti” alcançou o topo no Canadá e Reino Unido, 2° na França, Áustria, Austrália Espanha, 3° na e Nova Zelândia e 4º na Noruega. São números que mostram o quão gigante é esse play e deixa explícito o quão influenciador ele é. É de fato o trabalho onde a banda demonstra a sua total maturidade musical.
Não temos mais o Led Zeppelin em ação e nem faria o menor sentido a banda continuar sem qualquer um dos quatro membros originais, que no caso aqui, é John Bonham, que já nos deixou. Eles já chegaram a se apresentar com seu filho, Jason Bonham representando bem o seu pai, mas não é a mesma coisa. Mas o melhor é que temos esse legado maravilhoso para poder celebrar e exaltar todos os dias. E hoje é dia de exaltação à esse belíssimo play.
Physical Graffiti – Led Zeppelin
Data de lançamento 24/02/1975
Gravadora – Swan Song Records
Faixas:
01 – Custard Pie
02 – The River
03 – In my Time of Dying
04 – Houses of the Holy
05 – Trampled Under Foot
06 – Kashmir
07 – In the Light
08 – Bron-Yr-Aur
09 – Down by the Seaside
10 – Ten Years
11 – Night Flight
12 – The Wanton Song
13 – Boogie With Stu
14 – Black Country Woman
15 – Sick Again
Formação:
Jimmy Page – violão/ steel guitar guitarra/
Robert Plant – gaita/ cravo vocal/
John Paul Jones -: baixo/ órgão/ sintetizadores piano/
John Bonham – bateria/percussão
Participação especial:
lan Stewart (em Boogie With Stu)