42 anos sem o gênio John Boham: “sentimento é muito mais importante do que a técnica”
Em 25 de setembro de 2022, se completam 42 anos sem o gênio, e um dos maiores bateristas do planeta em todos os tempos, John Henry Bonham, ou simplesmente John Bonham.
Foi junto ao Led Zeppelin que o músico mostrou uma nova forma de tocar bateria, que iria revolucionar o instrumento e inspirar gerações ao longo dos tempos e em diversas modalidades, servindo de inspirações de Dave Grohl até outro gênio, Neil Peart, entre outros diversos nomes incontáveis.
Contar a história de John, é praticamente chover no molhado, visto que já é algo conhecido de diversos, mas em um rápido resumo, ele começou a se interessar pela bateria desde os cincos anos, e daí em diante, as coisas foram tomando seu próprio rumo, com Bonham dispensando aulas e criando a sua própria fórmula de tocar, o que resultou na locomotiva sonora que era em cima dos palcos. Mas tudo começa com:
“Eu queria ser baterista desde os 05 anos de idade. Eu costumava tocar numa lata onde guardávamos o sal. Essa lata tinha arames no fundo e também tinha uma lata de café redonda com um arame solto para dar um efeito de caixa. Além disso, sempre havia panelas e frigideiras da minha mãe na cozinha.
Quando eu tinha 10 anos de idade, a minha mãe comprou uma caixa de bateria pra mim. O meu pai comprou a minha 1ª bateria completa quando eu tinha 15 anos. Era quase pré-histórica e a maior parte dela estava enferrujada”.
O clássico solo de “Moby Dick” virou algo monumental dentro do rock, partindo daí a junção de solos de bateria em concertos. Indo além do disco, a apresentação da música nos palcos faziam com que os solos de John durassem mais de 20 minutos, com um público vidrado em cada ataque e de como o músico e o instrumento se uniam em perfeita condição em seu momento de brilho.
Mas como o “rockstar” que era, John não se importava em seguir alguns padrões, e seus improvisos e notas vinham de total inspiração interna, como o autodidata que era, e certa vez ele explicou como tudo aquilo surgia:
“Eu sempre fui obcecado por baterias. Elas me fascinam mais do que qualquer outro instrumento. Eu toco um pouco de violão, mas sempre foi a bateria em 1º lugar. Pra mim, acho que sentimento é muito mais importante do que a técnica”
E foi assim, com um sentimento forte e batidas pesadas e precisas que Bonham cravou seu nome na história mundial do rock e da música, se tornando um ícone da bateria que ainda inspira e com certeza continuará inspirando por mais uma eternidade, após colocar seu nome no panteão do olimpo dos deuses da bateria.
*John Boham morreu aos 32 anos, após se engasgar com o próprio vômito enquanto dormia. O Led Zeppelin decidiu naquel período encerrar as atividades da banda emitindo o comunicado: “Desejamos que seja conhecido que a perda de nosso querido amigo e o profundo respeito que temos por sua família, juntamente com a sensação de harmonia indivisa sentida por nós e nosso gerente, nos levou a decidir que não poderíamos continuar como estávamos.”