Six Feet Under: 27 anos de “Warpath”

Há 27 anos, em 9 de setembro do já distante ano de 1997, o Six Feet Under, banda capitaneada por Chris Barnes, lançava “Warpath“, o álbum de número 2 da discografia da banda, e é sobre esse play que vamos bater um papo sobre ele nesta segunda-feira. Venha conosco.

Após sair do Cannibal Corpse, Chris Barnes se dedicou ao seu novo projeto, que teve como companheiro o guitarrista Allen West. O álbum de estreia do Six Feet Under, “Haunted” teve uma boa repercussão. E enquanto o novo álbum não era lançado, a banda soltou o EP “Alive and Dead“, que trazia duas faixas inéditas, uma versão para “Grinder“, do Judas Priest e mais quatro faixas do álbum de estreia, tocadas ao vivo. Tudo isso para fazer com que os fãs ficassem menos ansiosos para o lançamento do próximo full-lenght.

A formação até aquele momento se mantinha intacta, contava com o baixista Terry Butler (hoje no Obituary) e o baterista Greg Gall, além da dupla Chris Barnes e Allen West. E assim todos retornaram ao Morrissound Studios, na Flórida, por onde ficaram entre os dias 14 de abril e 3 de maio de 1997, gravando e mixando o play. Para masterizar o álbum, a banda atravessou o país e foi para a Califórnia, no Oasis Mastering. Na produção, foi escalado Brian Slagel, o manda-chuva da Metal Blade.

41 minutos e 12 faixas depois, temos a sensação de um Death Metal bem diferente que o Six Feet Under começava a propôr. Com uma pegada completamente diferente da que ele apresentava no Cannibal Corpse, sua banda nova apostava em andamentos mais arrastados, cujas influências trafegavam pelo Doom, Groove e até momentos de Death ‘N’ Roll, vertente que o SFU iria se tornar mais notável anos mais tarde. Os destaques do play vão para as rápidas “Animal Instinct” e “Revenge of the Zombie“, “As I Die“, que tem riffs poderosos e também “Night Visions“, que soa como se o vocalista do Accept fosse Chris Barnes e seus guturais.

Warpath” traz consigo suas curiosidades: a primeira é sobre a música “Death or Glory“, que é um versão para a música do Holocaust. Pela primeira vez a banda iria incluir um cover em um álbum. A primeira de muitas, por sinal, porque depois Chris Barnes gravaria três álbuns inteiros somente com versões para algumas de suas bandas favoritas. A outra curiosidade é sobre a faixa “4:20“. Ela foi gravada no dia 20 de abril (nos Estados Unidos a leitura das datas de dá por mês/dia/ano, então a referida data por lá se lê 4/20), às 04:20 da tarde e a música tem exatamente 4 minutos e 20 segundos de duração. Impressionante, não é mesmo, caro leitor?

O álbum também teve uma boa recepção, nada perto do patamar que a banda iria alcançar com o sucessor, “Maximum Violence“. A revista Rock Hard compilou uma lista dos 500 Maiores Álbuns de Rock e Metal de Todos os Tempos e “Warpath” figura na 334ª posição. Este foi o último álbum com o guitarrista Allen West, que voltaria a concentrar seus esforços somente no Obituary, onde permaneceu até o ano de 2007 e desde então coleciona delitos e períodos na cadeia, realmente uma pena.

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o Six Feet Under não é uma banda que te deixa no meio termo. E era somente o início de uma saga que perdura até os dias atuais. Da formação original, restou somente Chris Barnes, mas hoje, os saudosistas que amam a primeira fase do Cannibal Corpse, estão animados, pois desde 2017, o guitarrista Jack Owen revive a parceria com o vocalista, inclusive lançaram este ano o poderoso “Killing for Revenge“. E hoje é dia de celebrar esse play, ouvindo-o no volume máximo.

Warpath – Six Feet Under
Data de lançamento – 09/09/1997
Gravadora – Metal Blade

Faixas:
01 – War is Come
02 – Nonexistence
03 – A Journey Into Darkness
04 – Animal Instinct
05 – Death or Glory
06 – Burning Blood
07 – Manipulation
08 – 4:20
09 – Revenge of the Zombie
10 – As I Die
11 – Night Visions
12 – Caged and Disgraced

Formação:
Chris Barnes – vocal
Allen West – guitarra
Terry Butler – baixo
Greg Gall – bateria

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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