Testament: há 28 anos era lançado o contestado álbum “Demonic”
Há 28 anos, em 24 de junho de 1997, o Testament lançava “Demonic“, o sétimo álbum da carreira dessa poderosa banda da Bay Area e que é tema do nosso bate-papo desta terça-feira. Vamos contar um pouco da história desse play que é controverso, mas muito pesado.
Não é segredo para ninguém que a década de 1990 não foi muito frutífera para as bandas de Heavy Metal. O Testament também foi afetado por essa crise, que se refletiu nas profundas mudanças na formação: era o terceiro disco seguido com diferentes membros. James Murphy havia deixado a banda, deixando Eric Peterson como o único guitarrista, Gene Hoglan ocupava o lugar deixado por John Tempesta e Derrick Ramirez, que havia sido o primeiro guitarrista do Testament, retornou como baixista. Era o único disco gravado por Gene Hoglan, que retornaria em 2012, quando ficou por dez anos, sendo substituído por Dave Lombardo, que não esquentou o lugar.
Confusas essas mudanças no lineup do Testament, não é mesmo, caro leitor? Fato é que a banda se via agora não mais como um quinteto e sim com quatro integrantes. Quatro foram os produtores: Douglas Hall, Chuck Billy, Eric Peterson e o guitarrista James Murphy, que havia saído recentemente do grupo. Assim sendo, todos foram para Oakland, Califórnia, mais precisamente no Driftwood Studios, entre 1996 e 1997. A mixagem aconteceu no Wire World Studio, no Tennessee e a masterizacão em Nova Iorque, no Sterling Sound. O play também marca a estreia pelo selo Music for Nations.
Em “Demonic“, o Testament nos entrega um álbum contendo onze faixas e com duração de breves 40 minutos. A sonoridade agora tinha traços de Groove Metal e soava pesado como nunca havia sido, entretanto, causava estranheza ver a banda explorando outros caminhos. Há bons momentos, como nas faixas “The Burning Times“, “Togheter as One” e “Murky Waters“. É um álbum que fica devendo.
A crítica especializada fez elogios mistos, enquanto que os fãs não o receberam muito bem, é o álbum com a avaliação mais baixa dentre todos. Atualmente a banda não toca nenhuma música de “Demonic” nos shows. As vendas não foram tão boas e o play figurou somente em um chart: ficou em 33° na categoria “Álbuns de Rock e Heavy Metal“, do Reino Unido.
A turnê foi bem curta e em 1998, o Testament promoveu mais mudanças em seu lineup: o guitarrista James Murphy voltaria, o baixista Derrick Ramirez dava vaga para Steve DiGiorgio e Dave Lombardo deixaria de lado seu projeto Grip Inc. para se juntar aos gigantes da Bay Area, e esta formação iria gravar o excelente “The Gathering“, que será lembrado em uma outra data oportuna.
Hoje é dia de lembrarmos deste álbum, que se não é o mais relevante da banda, faz parte da história e nossa missão é manter vivo o legado destes caras. O Testament tem um encontro marcado com os fãs brasileiros, em agosto, eles estarão desembarcando para cinco shows em nossa terra, quando eles farão uma mini-tour pela América Latina. Nosso total respeito para estes monstros do Thrash Metal.
Demonic – Testament
Data de lançamento – 24/06/1997
Gravadora – Music for Nations
Faixas:
01 – Demonic Refusal
02 – The Burning Times
03 – Togheter as One
04 – Jun-Jun
05 – John Doe
06 – Murky Waters
07 – Hatred’s Rise
08 – Distorted Lives
09 – New Eyes of Old
10 – Ten Thousand Thrones
11 – Nostrovia
Formação:
Chuck Billy – vocal
Eric Peterson – guitarra
Gene Hoglan – bateria
Derrick Ramirez – baixo
Participação especial:
Glen Alvelais – guitarra solo em “New Eyes of Old”
Difícil encontrar uma banda que não tenha feito um experimento em seu disco ou música…me diga uma???? A verdade é que desse lado negro da força algo tem de bom…e serve para um bom Thrasheiro bater cabeça!!!! Valeu!!!!