Pearl Jam: Dave Abbruzzese responde aos fãs sobre um possível retorno à banda

O anúncio de Matt Cameron na última segunda-feira, de que ele estava deixando o posto de baterista do Pearl Jam após 27 anos, está deixando todos os fãs da banda curiosos por quem será o substituto. Há um nicho que já escolheu o favorito para a vaga: Dave Abbruzzese.

Abbruzzese foi o responsável pelas baquetas do Pearl Jam no período de maior fama da banda. Ele foi indicado pelo ex-baterista Matt Chamberlain e fez seu primeiro show em 23 de agosto de 1991. Gravou o álbum “VS.” (1993) e participou da maior parte das gravações de “Vitalogy” (1994), quando foi demitido sumariamente. Na época, a banda emitiu uma nota afirmando que Dave “não sabia lidar com a fama”. Jack Irons assumiu e terminou de gravar o terceiro álbum do Pearl Jam, ficando até 1998.

Aparentemente incomodado com a enxurrada de mensagens que vem recebendo, o que é até natural, pois muitos fãs o consideram como o mais técnico dos bateristas que já estiveram no Pearl Jam, ele fez uma publicação bem extensa em suas redes sociais, meio que jogando uma ducha de água fria naqueles que tem alguma esperança de que as duas partes façam as pazes e eles voltem a tocar juntos.

“Devido ao anúncio da saída do poderoso Matt Cameron do trono do Pearl Jam, que ocupou pelos últimos 27 anos, tem havido muita conversa sobre minha bateria, e sobre o “e se” e o “e se” talvez nunca aconteça, ultimamente…
Pensei em aproveitar a oportunidade para compartilhar alguns trabalhos recentes e passados com todos vocês que bombardearam minhas páginas do Facebook e Instagram com literalmente milhares de postagens, mensagens e e-mails, na esperança de ligar para o Pearl Jam e tentar me reconciliar com eles. Para ser claro, não tenho nada a me reconciliar com eles.
Minha demissão da banda e os subsequentes testes e tribulações causados pelas ações da administração da banda e da antiga gravadora, que tornaram as coisas desafiadoras para mim, não foram inteiramente culpa minha. Com exceção de alguns comentários e ações mesquinhas que nunca entendi ou esperava, nunca culpei nem guardei ressentimentos contra os membros da banda.
Fui abençoado por ter participado de alguns projetos musicais notáveis com pessoas notáveis nos últimos 30 anos pós-Pearl Jam. Embora eu nunca tenha realmente entendido o que foi tão importante para destruir a química musical que tínhamos naquela época, é o que é, e não posso fazer nada a respeito. Pelo menos nada que eu possa descobrir. Os anos desde 1995 me serviram bem para crescer como pessoa e como músico.
Parece que os caras da banda amadureceram e cresceram tanto quanto eu, mas o fato de eu não ter tido nenhum contato pessoal com nenhum deles me leva a crer que as águas passadas são profundas e geladas demais para que haja qualquer reconexão ou reconciliação.
Isso é uma vergonha e me entristece muito.
Sei que poderia e teria muito a contribuir se de fato o chamado viesse, mas, infelizmente, não vejo isso acontecendo.
Tenho estado envolvido em tantos projetos maravilhosos. A produção dos álbuns da The Green Romance Orchestra com a minha querida família de Gary J. Muller, Paul Slavens, Doug Neil, Darrell Phillips, Jimmy Shoaf e o extraordinário engenheiro de masterização e um dos meus melhores amigos Joe Gastwirt, todos próximos e queridos ao meu coração. Trabalhar com Roger Hodgson da fama do Supertramp, e conseguir formar e manter relacionamentos amorosos com a adorável família de Rogers, Heidi Hodgson e Andrew Hodgson. G & R. Trabalhar com Eddie Kramer, Noel Redding, William Cox, Doug Pinnick, Corey Cornell James Glover e Eric Schenkman… Algumas co-produções, bateria e mixagem para álbuns de Stevie Salas que me apresentaram aos meus irmãos Bernard Fowler, Tm Stevens, Jara Harris Melvin Jr. Brannon, Kevin W Smith, Vincent Ruby p. Huxley Jamie Seyberth, Matt Sorum… e as alegrias de fazer turnês tocando música ao vivo com os IMFs. Trabalhando com o incomparável Waddy Wachtel, Carmine Rojas, Reeves Gabriel, Rick The Bass Player e Robi Banerji. Sr. Peter Cornell, com quem tive a sorte de trabalhar em algumas mixagens de retoque para Peter, Joseph Shaughnessy e Will Evankovich quando eles eram uma banda chamada Grace. Meus heróis, Mike Dillon, JJ Jungle, Zac Baird e John IV Speice, reunidos em meu estúdio no distrito de Magnolia, em Seattle, para o álbum “Out Demons” do HABMX. Jeff Fielder, Zach Harjo, Perry Morgan, John Bush e as jams do Speakeasy Junction. O álbum “Champion” de Peter Cornell. Música de Pseutopia com Shyam Narayan, Laji George e Mithun Raju. O álbum Shy Blossom. Inúmeras faixas únicas. Carlos Garcia-Menocal. Os trabalhos com John X Volaitis, Scott Reeder e Royston Langdon. Sem mencionar os ótimos momentos compartilhados trabalhando em jams de quarentena com uma formação incrivelmente talentosa de Marcus Nand, Carmine Rojas, Bernard Fowler, Cici Von Strangelove, Eric Schenkman, Benny Goodman, Jeff Fielder, James Mauri, Shani Kimelman, Aubrey Seaton, Lynn Seaton, Rob van den Biggelaar Taryn Taryn, Joanna Connor, Jeff Nolan, Jeff Weiss, Charlie Berezansky, Daniel James, Jim Regan, Brian Dahlen … Stacy Hogan & Sin SHAKE Sin.
Contribuindo com faixas de bateria para o álbum da excepcional Joanna Connor.
The Lost Symphony com Jimi Bell, Brian Goodman, Benny Goodman, Siobhán Cronin | O violinista Joey Concepcion e um elenco de músicos excepcionalmente talentosos. O tempo compartilhado escrevendo e planejando com meu amigo Shawn Smith antes de sua morte prematura.
E muito mais…
Some-se a isso os aspectos pessoais da minha vida, abençoada com uma filha linda e talentosa… superar o abuso de substâncias, abraçar a insanidade e superar a dor, trabalhar na área de recuperação, questões legais, um casamento fracassado…
Nem preciso dizer que a música continua sendo muito importante e, sem dúvida, uma paixão constante.
Minha bateria e minha paixão por dar o meu melhor continuam tão poderosas quanto sempre.
Desejo que o Pearl Jam e sua organização continuem tendo sucesso e espero que chegue o dia em que possamos nos conectar novamente em algum nível. Dito isso, peço que parem de me enviar mensagens pedindo e me dizendo para entrar em contato com a equipe deles.
Agradeço e entendo seu desejo de ver o que pode sair dessa reunião musicalmente. Eu estaria mentindo se dissesse que não estou curioso também.
Com muito amor e apreço,
Dave.
PS: todos vocês, sites de “notícias” musicais, se forem usar esta mensagem como isca de clique, por favor, publiquem-na na íntegra.”

As razões para a demissão de Abbruzzese nunca foram completamente esclarecidas pela banda. O baterista também não disse. Há relatos não comprovados (e nem desmentidos) de que ele era deslumbrado com a fama e de que tinha o costume de andar armado, os músicos do Pearl Jam são completamente anti-armas, até escreveram uma música em que criticam o estilo estadunidense de gostar de andar armados e de como isso têm influência na violência (a música em questão é “Glorified G“, do álbum “VS.”).

Matt Cameron fez seu último show com o Pearl Jam em 18 de maio, em Pittsburgh, Filadélfia. A banda não tem mais shows agendados para este ano, o que deve ajudar na escolha do novo baterista. Que não deve ser Abbruzzese.

Fonte: Loudwire

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

One thought on “Pearl Jam: Dave Abbruzzese responde aos fãs sobre um possível retorno à banda

  • julho 11, 2025 em 11:19 am
    Permalink

    Existe dois lados, duas versões e coisas que nunca saberemos!!!! Sou fã de Dave e gostaria de ver ele novamente nas baquetas da banda, seria muito bom!!!! Valeu!!!!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *