Resenha: Glenn Hughes – “Chosen” (2025)
Glenn Hughes disse ter pensado em aposentadoria, mas abandonou a ideia, e o seu novo registro, “Chosen“, lançado pela Frontiers Records e distribuído no Brasil pela Shinigami Records, é a prova de que ele tem muita, muita e muita lenha para queimar ainda, e uma aposentadoria seria realmente nada menos do que um grande desperdício.
Acompanhado por Søren Andersen na guitarra, Ash Sheehan na bateria e Bob Fridzema nos teclados, o disco traz uma sonoridade mais pesada, pautada no hardrock setentista e um ar de melancolia em diversos trechos, como o solo rápido mas profundo de faixa de abertura “Voice in My Head“. “My Alibi” é meio que uma balada, e mostra um grande destaque do baixo de Glenn, assim como para sua voz, que a cada novo trabalho seu parece ter ganho ainda mais contornos de luxo e se torna cada vez mais agradável de se ouvir. Aqui, já se destaca a produção do disco, como todos os instrumentos em som cristalino e todos muito bem equalizados. A faixa título vem fechando a trinca de abertura e é uma das que mais contrastam com a profunda capa, que ao mesmo tempo que passa uma calmaria, aparenta ser algo nebuloso, o mesmo que a faixa tem de energia em seus andamentos mais harmoniosos, até explodir em um forte refrão.
Daí em diante encontramos a poderosa “In the Golden“, sendo ela um dos melhores momentos do disco, com um refrão marcante e de harmonias sombrias, além de riffs de guitarra e baixo pesados, além de um solo um tanto marcante. Grande destaque sem dúvidas. “The Lost Parade” é uma paulada com riffs dignos do Sabbath, densos, arrastados e pesados feito uma bigorna.
Entre as dez faixas que compõe “Chosen“, Glenn Hughes mostra que ainda é um grande nome a contribuir com a vida do rock e tem muito o que oferecer a esse mundo com seus registros, que graças aos céus dos lordes supremos da música, ele não desistiu de fazer. Que venha o próximo!
NOTA: 9

Valeu!!!!