Ex-manager do Guns N’ Roses move ação para liberar sua autobiografia bloqueada pela banda

Alan Niven, que cuidou da carreira do Guns N’ Roses entre 1985 e 1991, entrou com uma ação no Distrito Federal do Arizona no dia 3 de novembro de 2025. Ele busca uma declaração judicial de que o contrato que firmou com a banda não o impede de publicar seu livro. O lançamento estava previsto para 5 de julho, mas agora aparece no site da Amazon com data de 31 de março de 2026.


As acusações de Niven

Na petição, Niven afirma que o Guns N’ Roses “bloqueou a publicação do livro por meio de ameaças repetidas a Niven e contato com a editora” . Ele lembra que, em maio de 2025, a banda enviou uma carta invocando a cláusula de confidencialidade do acordo de saída de 1991, mesmo que “o acordo não tenha sido assinado por todos os seus membros”.


O conteúdo da obra

“Sound N’ Fury: Rock N’ Roll Stories” reúne memórias de Niven, incluindo distribuição dos Sex Pistols nos EUA, reunião com o guitarrista Robert Fripp , apoio ao então músico Frank Ferrana (que mais tarde se tornaria Nikki Sixx ) e reinvenção da banda **Great White”. O livro também aborda o período em que Niven gerenciou o Guns N’ Roses e teve sob sua tutela os cinco integrantes da formação clássica da banda.


Contrato antigo — conflito atual

O acordo de 1991 entre Niven e o Guns N ‘Roses incluía cláusulas de confidencialidade e estipulava que todas as partes deveriam assinar para torná-lo eficaz. Na ação, o advogado de Niven aponta que este instrumento “não dizia nada sobre coisas aprendidas depois que as partes seguiram caminhos diferentes”. Niven também afirma que foi forçado a aceitar um valor de buyout inferior e que, sob “grave estresse pessoal”, concordou em permanecer calado — em troca de encerrar o vínculo.


Implicações para o mercado editorial e musical

Este caso evidencia um dilema importante: até que ponto ex-membros ou ex-executivos podem escrever sobre histórias de bastidores de bandas com contratos antigos? A disputa judicial poderá definir o limiar entre direito à liberdade de expressão e obrigação contratual de sigilo. Para o mercado editorial, uma eventual vitória de Niven pode abrir caminho para outras memórias anteriormente engavetadas por acordos confidenciais.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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