Jo Burt revela o lado obscuro de trabalhar com Black Sabbath

O baixista Jo Burt, que integrou a turnê europeia de apoio ao álbum The Eternal Idol (1987-88) da banda Black Sabbath, abriu o jogo em entrevista à Guitar World sobre os bastidores daquela fase turbulenta. Segundo ele, a convivência com músicos como Tony Martin, Jeff Nicholls e Terry Chimes começou de maneira positiva:

“Viajar foi absolutamente tranquilo. Eu e o baterista Terry Chimes nos conhecemos quando ele estava no The Clash e eu no Tom Robinson. Tony Martin também era novato, então acho que havia um pouco de nervosismo no ônibus da turnê”, disse Burt. “Jeff Nicholls era um cara engraçado e muito simpático. Depois de anos tocando fora dos palcos, ele não tinha ego; foi um amigo muito presente para mim durante a viagem. Tony tinha aquele senso de humor clássico de Birmingham, que combinava com o Jeff, então, no geral, foi bem confortável – incluindo hotéis quatro estrelas.”

O desmoronar do bem-estar → caos financeiro

Apesar do início promissor, as coisas rapidamente tomaram um rumo abrupto e desconfortável. Burt lembrou o momento em que a turnê foi encerrada de forma inesperada:

“Só me dei conta de que a turnê tinha acabado quando o gerente de turnê, Richard Cole, me tirou do ônibus, ainda dentro do meu saco de dormir, e me disse: ‘Anda logo! Estamos todos indo para casa’”, ele relembrou. “Não sei por que a turnê terminou tão abruptamente. Todo o equipamento foi confiscado pela empresa de som e luz, que não havia sido paga. Nunca recuperei boa parte do meu equipamento, embora eventualmente tenha recuperado meu baixo sem trastes.”

Burt concluiu com uma observação sincera sobre como a banda lida com as saídas. “As pessoas não são demitidas do Sabbath; elas simplesmente não são mais contatadas”, disse ele.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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