Fallujah – “Empyrean” (2022)

Depois de algumas reformulações em sua formação, o Fallujah apresenta seu novo disco, “Empyrean”, lançado pela Nuclear Blast e distribuído pela Shinigami Records no Brasil.

Trabalhando o death metal mais técnico, com diversas variações no andamento das faixas, a banda apresenta no novo registro um caminho que pode ser grandioso dentro do estilo, mostrando uma unidade concisa e bebendo de algumas fontes contemporâneas que agregam em sua construção.

A capa também é um chamariz a parte no novo trabalho, nos remetendo a alguns jogo de RPG de fama do Ps1.

A faixa de abertura, “The Bitter Taste of Clarity” é porradaria pura, e não tem um segundo de descanso, com uma linha de baixo marcante e vocal forte segurando a pressão. “Radiant Ascension” começa com guitarras intrincadas e uma bateria cheia de fúria carregando o andamento, com um refrão inteiro quebrado ao estilo do Meshuggah. Aliás, a banda parece ser uma referência por aqui em diversos momentos. A faixa ainda apresenta vocais limpos, em um momento mais linear que se encaixa muito bem. “Embrace Oblivion” é avassaladora no início e depois se torna mais arrastada nos versos, com ajuda de vocais limpos novamente. “Into the Eventide” é longa e vai ganhando forma ao passar dos segundos e é uma das mais calmas do trabalho dentro de seu formato, e se divide em duas partes dentro de seus seis minutos, com a segunda sendo mais agitada. “Eden’s Lament” traz um lado mais complexo na musicalidade, com mudanças de tempo a todo momento deixando o ouvinte sem esperar o que vem pela frente, mas ansioso para descobrir para onde a faixa irá caminhar no próximo verso. Grande momento do álbum. A segunda metade do disco abre com “Soulbreaker” que é avassaladora, assim como “Duality of Intent”, que me remeteu ao Chimaira, banda que sinto muita falta de estar em atividade. “Mindless Omnipotent Master” é climática e uma das mais densas, e me soa como um ótimo encerramento para o trabalho, mas ainda temos a instrumental ”Celestial Resonance” e a apagada “Artifacts”.

Uma duração menor faria melhor ao trabalho, mas ainda assim, eis aqui algo que pode surpreender ao fãs de música extrema, como aqueles que também gostam de metal moderno. Um bom som e uma ótima produção estão por aqui, conjunto que com certeza podem te render uma boa audição.

NOTA:7

 

 

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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