A última mensagem de texto de Ozzy para Zakk Wylde

Zakk Wylde revelou qual foi a última mensagem de texto enviada por Ozzy Osbourne a ele. Ele disse em entrevista a Guitar World, relembrando que queria ter tido mais tempo com o Madman nos bastidores do Back to the Beginning do Black Sabbath:

“Todo mundo, inclusive suas mães, estava no camarim dos bastidores e eu só queria dar um tempo para ele. Imaginei que o veríamos mais tarde – no dia seguinte, ou algo assim. Mas não. A última mensagem que recebi do Oz foi: ‘Zakky, desculpa, estava uma loucura lá atrás. Eu não te vi’. Ele respondeu: ‘Obrigado por tudo’. Éramos só nós dois conversando, dizendo: ‘Eu te amo, amigo’. Só isso.”

Zakk ainda lembrou do dia do show final, onde tocou ao lado de Ozzy pela última vez com seu set solo:

“Com ‘Mama, I’m Coming Home’, quando tiramos o acústico, eu tive que dizer: ‘Mantenha o violão longe do microfone para que eu possa cantar’, porque a voz do Oz estava com dificuldades em certas notas. Eu pensei: ‘Preciso ter certeza de que estou sempre lá para poder dublá-lo’. Eu estava a um metro do microfone quando comecei a tocar a música. Eu pensei: ‘Preciso chegar perto do microfone’, então tive que quase parar de tocar, levantar o violão e colocá-lo sobre o microfone.”

Foi como fazer malabarismo com bolas ou motosserras enquanto se andava de skate! Foi bem engraçado, na verdade – mas foi tudo normal. Era para ser o show mais importante de todos os tempos, mas tudo acontece às pressas!”

Ele diz sobre sua participação no último show do Ozzy:

“Sou abençoado e grato, cara. Qualquer coisa diferente disso seria egoísmo. E, além disso, sair com o que é o evento beneficente de maior bilheteria de todos? Isso é inacreditável. Ele ajudou muita gente em vez de lucrar. Meu Deus, que mestre incrível. Que vida incrível.

Foi definitivamente incrível. Ver o Oz no palco quando o Sabbath terminou foi a última vez que o vi”.

Ainda na conversa, Zakk Wylde falou sobre a importância de Ozzy em sua carreira. Ele diz:

“Eu sempre digo que a música é a coisa que acende as luzes no fim do dia, em vez de um trabalho que você não suporta, é tudo. Tudo gira em torno de tocar e da música”, diz Wylde, acrescentando: “Se eu não tivesse o Oz, sem dúvida, eu continuaria tocando… mas é como o Ozzy diria o que os Beatles fizeram por ele, sabe? O que ele me deu com o Sabbath, e depois com Randy [Rhoads] e Jake [E. Lee], é um farol de luz. Te dá um propósito. Então, mesmo que eu não tivesse tocado com ele, ele me deu um propósito para ser músico. E, sem dúvida, isso sempre estará comigo.

O Oz era simplesmente o melhor. Tenho meu pai, que foi um veterano da Segunda Guerra Mundial; e o Ozzy, que era quase como um irmão mais velho. Havia uma diferença de quase 20 anos entre nós. No nosso relacionamento, havia a parte divertida da bebida – mas se eu precisasse de conselhos, podia conversar com ele. Havia questões sobre como beber e como não beber; sabe, os fatores importantes da vida!”

Com Oz, tudo parecia natural. Raramente as coisas se transformavam em uma equação matemática, onde você precisava de um manual para descobrir uma parte. Se isso começar, provavelmente não vai acontecer.”

Ozzy Osbourne morreu na terça feira passada (22), aos 76 anos de idade.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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