Andreas Kisser fala sobre cobrança dos fãs do Sepultura para ter dois guitarristas: “essa fórmula não existe mais”

Os fãs do Sepultura sempre esperaram que um segundo guitarrista fosse somado a formação atual da banda, ou seja, replicasse o formato que ainda contava com Max Cavalera.

Em uma participação no Estúdio Panelaço, canal de João Gordo, no Youtube, Andreas Kisser falou sobre este assunto. Ainda na conversa, ele falou como a banda tentou ser um trio após a saída de Max, mas o presidente da Roadrunner Records não se empolgou com a ideia:

Nossa vida mudou total. Vendi minha casa nos Estados Unidos, voltei pro Brasil, tomamos só tombo aqui, eu e a Patrícia, de começar business, perder uma grana. O Cees Wessels, presidente da Roadrunner, suspendeu o contrato do Sepultura. Antes do Derrick entrar ele foi pra San Diego, estava eu, o Paulo e o Igor, fizemos uma demo, eu de vocalista, e ele achou uma merd*. Ele ficou chocado, falou ‘Vocês precisam resolver aí. O contrato está suspenso.'”

No livro “Relentless”, é relatado que no período em que Max deixou o Sepultura e ao mesmo tempo formou o Soulfly, a Roadrunner passou a dar mais atenção ao novo projeto, com um orçamento enorme, enquanto para o Sepultura, foi liberado uma quantia de banda inicial para as gravações.

Andreas abordou o pedido de adição de mais uma guitarra a banda atual. Ele diz:

Eu acho uma idiotice sem tamanho, velho. Você vê discos do Pantera, do próprio Van Halen, Led Zeppelin, por exemplo, o Jimmy Page gravava dezoito guitarristas numa música, quem se importava com isso? Ao vivo eles levavam para outro lado. Eu pelo menos respeitei isso, não vou atrás de uma fórmula que não tem mais, não existe, esse é outro Sepultura

A participação de Andreas no programa de João Gordo vai ao ar em 25 de maio. O trecho citado pode ser visto abaixo.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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