Bad Religion: há 31 anos, banda lançava o clássico álbum “Recipe for Hate”

O ano de 1993 foi mágico para o Rock em várias vertentes: um deles é “Recipe for Hate“, o sétimo álbum do Bad Religion, lançado em 4 de junho daquele ano, é um dos álbuns mais importantes da carreira deste quinteto californiano. O play, que completa 31 anos hoje, é tema do nosso bate-papo hoje.

Este foi o último álbum lançado pelo selo Epitaph antes de sair para a major Atlantic e retornar após nove anos. Conta também com alguns convidados: a vocalista do Concrete Blonde, Johnette Napolitano, Eddie Vedder, que na época emergia com o sucesso de “Ten“, o disco de estreia do Pearl Jam, que colaboraram com suas vozes em algumas músicas e também o guitarrista Joe Peccerillo, que fez o solo em “All Good Soldiers“.

O disco antecessor, “Generator” já havia gerado algum burburinho por parte de crítica e público, com “Recipe for Hate“, a banda pela primeira vez alcançou as paradas da “Billboard“, com os singles “Struck a Nerve” e “American Jesus“, que também tiveram seus videoclipes exibidos à exaustão na MTV. O álbum sucessor, “Stranger Than Fiction” seria lançado por uma major, a Altantic (que mais tarde relançaria também “Recipe for Hate“), o que fez a banda alcançar públicos ainda maiores.

Para gravar o álbum, a banda se juntou no Wastbeach Recorders, em Hollywood, Califórnia, durante os primeiros meses de 1993. Eles só retornariam a esse mesmo estúdio em 2002, quando gravaram o álbum “The Process of Belief“. A própria banda atuou na produção. Eles usaram o Brooklin Recording Studios, em Los Angeles, para fazer os overdubs e mixagens. O barulho do motor de carro ligado que ouvimos na faixa “Stealth” é do carro de Bred Gurewitz e eles levaram os equipamentos de gravação para o estacionamento do estúdio.

Para a capa, eles escolheram uma montagem que consiste em uma imagem de dois humanos com cara de cachorro. A imagem original é uma fotografia de dois racistas zombando da imprensa após serem absolvidos por um júri totalmente branco. Os sujeitos eram acusados de assassinato. A arte é assinada por Fred Hidalgo, que um ano depois desenhou também a capa de outro clássico lançado pela Epitaph: estamos falando de “Smash“, álbum que estourou o The Offspring.

Botando a bolacha para rodar, temos 37 minutos de puro Punk Rock, com pitadas de outras influências como Folk e Country. Alguns dos clássicos eternos do Bad Religion estão aqui, como as já citadas “American Jesus” e “Struck a Nerve“, mas também “Portrait of Authority” e a própria faixa título, que costumam fazer parte do setlist da banda até os dias atuais. O álbum chegou a 34ª posição nas paradas alemãs.

Depois disso, a banda seguiu sua caminhada honesta para se tornar o que hoje ela é, um dos pilares do Punk Rock californiano. E a banda segue na ativa, tendo no meio do caminho passado por partidas de retornos entre seus membros, à exceção do vocalista Greg Graffin. Já está na hora de o Bad Religion lançar um novo álbum, pois isso não acontece desde o ano de 2019, quando nem imaginávamos passar por uma pandemia. Enquanto isso não acontece, a gente vai curtindo esse play que já ultrapassou os 30 com corpinho de vinte. E desejamos longa vida aos mestres do Punk Rock.

Recipe for Hate – Bad Religion
Data de lançamento – 04/06/1993
Gravadora – Epitaph

Faixas:
01 – Recipe for Hate
02 – Kerosene
03 – American Jesus
04 – Portrait of Authority
05 – Man With a Mission
06 – All Good Soldiers
07 – Watch it Die
08 – Struck a Nerve
09 – My Poor Friend me
10 – Lookin in
11 – Don’t Pray on me
12 – Modern Day Catastrophists
13 – Skyscraper
14 – Stealth

Formação:
Greg Graffin – vocal
Brett Gurewitz – guitarra/ backing vocal
Greg Hatson – guitarra
Jay Bentler – baixo/ backing vocal
Bobby Schayer – bateria

Participações especiais:
Eddie Vedder – vocal em “American Jesus” e “Watch it Die
Johnette Napolitano – vocal em “Struck a Nerve
Joe Peccerillo – guitarra solo em “All Good Soldiers
John Wahl – guitarra em “Kerosene
Chris Bagarozzi – guitarra em “Kerosene
Greg Leisz – slide guitar em “Man With a Mission

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