Blind Guardian: 27 anos de “Nightfall in The Middle Earth”
Há 27 anos, o Blind Guardian lançava “Nightfall in the Middle Earth”, o sexto, e provavelmente o mais icônico álbum dos alemães. O play é tema do nosso bate-papo desta quinta-feira.
A banda já estava no seu processo de mudança em sua sonoridade, com o excelente “Imaginations From the Other Side” e aqui os caras chegaram o ápice da carreira, criando um álbum com uma sonoridade que beirava a perfeição, combinando peso e melodia na medida certa. E com direito a uma superprodução.
Para essa superprodução, os caras fizeram uso de diversos estúdios: Twilight Studios, Karo Musik Studios, ambos na Alemanha, além do Sweet Silence Studios, em Copenhagen, Dinamarca, local que também foi utilizado para a a mixagem. O processo durou entre setembro de 1997 e março de 1998. Os pianos foram gravados no Vox Studios, na Alemanha, em janeiro de 1998. Fleeming Rasmussen ficou novamente a cargo da produção, desta vez tendo a própria banda ajudando nesta tarefa.
É notório que a banda quase sempre se espelhou nos livros do icônico escritor sul-africamo J.R.R. Tolkien. Para o aniversariante do dia foi escolhido o livro “The Silmarillion”, que é uma obra lançada postumamente pelo filho de Tolkien, Christopher, no ano de 1977. A obra é uma continuação da história contada no livro “The Hobbit” e foi em um primeiro momento rejeitada pela editora. O autor dividiu a história em cinco partes, que foram escritas em momentos distintos e ele gostaria de juntá-las. O filho assumiu tudo após a morte do pai, fazendo as conexões entre cada parte. O livro é tão poderoso que inspirou não só o Blind Guardian: a banda Marillion ganhou este nome por influência do livro; e o Amon Amarth, que em Sindarin, língua falada pelos Elfos, significa Montanha da Perdição.
Dando play na bolacha, o álbum tem 65 minutos e 22 faixas, sendo metade músicas de fato e a outra metade, são interlúdios, que quase sempre estão entre uma música e outra. Os grandes destaques do disco ficam por conta das faixas “Into the Storm”, “Nightfall”, “Blood Tears”, “Mirror Mirror” (esta é lembrada até hoje nas apresentações ao vivo da banda), “The Time Stands Still (At the Iron Hill)”, “Thorn”, “The Eldar”, “When Sorrow Sang” e “A Dark Passage”.
Aqui, os caras apostam em várias vertentes do Heavy Metal, como o Power Metal, o Prog e até boas doses de Symphonic Metal. É um tanto quanto longo, é bem verdade, mas é um álbum viciante. Certamente um dos melhores lançamentos daquele ano de 1998.
Nos charts mundo afora, o álbum teve um desempenho bastante modesto: 7° na Alemanha, 12° no Japão onde eles são reis e por esta razão foi o país escolhido para a gravação do primeiro álbum ao vivo da banda, “Tokyo Tales” (1993). Na Áustria, o álbum alcançou a 39ª posição, enquanto que na Suécia, eles ocuparam o 44° posto.
Após o lançamento, o Blind Guardian saiu em turnê pelo mundo, tendo o Brasil como um dos lugares que recebeu a banda. O mesmo Brasil que receberá a banda para uma única apresentação, no próximo dia 4 de maio, no Bangers Open Air, festival outrora conhecido como Summer Breeze Brasil. Hoje é dia de comemorar esse álbum, que envelhece muito bem, obrigado.
Nightfall in Middle-Earth – Blind Guardian
Data de lançamento – 24/04/1998
Gravadora – Virgin
Faixas:
01 – War of Wrath
02 – Into the Storm
03 – Lammoth
04 – Nightfall
05 – The Minstrel
06 – The Curse of Feanor
07 – Captured
08 – Blood Tears
09 – Mirror Mirror
10 – Face the Truth
11 – Noldor (Dead Winter Reigns)
12 – Battle of Sudden Flame
13 – Time Stands Still (at the Iron Hill)
14 – The Dark Elf
15 – Thorn
16 – The Eldar
17 – Nom the Wise
18 – When Sorrow Sang
19 – Out on the Water
20 – The Steadfast
21 – A Dark Passage
22 – Final Chapter (Thus Ends…)
Formação:
Hansi Kursch – vocal
André Olbrich – guitarra
Marcus Siepen – guitarra
Thomas Stauch – bateria
Músico contratado:
Oliver Holzwarth – baixo
Participações especiais:
Mathias Wiesner – teclado
Michael Schürner – piano (The Eldar)
Max Zelzner – flauta
Billy King – vocal
Rolf Khöler – vocal
Thomas Hackmann – vocal
Olaf Senkbeil – vocal
Norman Eshley – vocal (narração)
Douglas Fielding – vocal (narração)