Bruce Dickinson: há 65 anos, nascia o icônico vocalista

Em 7 de agosto de 1958, nascia na cidade de Worksop, no condado de Notthingmanshire, Inglaterra, aquele que se tornaria um dos maiores vocalistas da história do Heavy Metal: Paul Bruce Dickinson, ou simplesmente Bruce Dickinson. Com 65 anos, ele no Brasil já teria direito a gratuidade nos transportes públicos e é o nosso homenageado do dia.

Os pais de Bruce eram muito novos quando ele fora concebido e no primeiro momento ele fora criado por seus avós. Ele retrata a criação dada por seus avós na música “Born in 58“, do álbum “Tattoed Millionarie“, seu primeiro disco solo, lançado em 1990, quando ele ainda integrava o Iron Maiden.

A primeira relação de Bruce com a música foi quando ele convenceu seu avô a comprar o single de “She Loves You“, do The Beatles, fato que o deixou interessado por música. Anos mais tarde, ele escutou “Child in Time“, do Deep Purple, o que fez com que aflorasse seu interesse por Hard Rock. Daí para comprar os seus primeiros álbuns, “Deep Purple in Rock“, o disco de estreia do Black Sabbath, “Aqualung” (Jethro Tull) e “Tarkus” (Emerson, Lake & Palmer) foi um pulo.

Nos anos 1970, Bruce começou sua carreira como vocalista, cantando em algumas bandas que tocavam em Sheffield, e mais tarde, em Londres, quando ele estava na faculdade. Em 1979, ele entrou na banda Samson, pela qual gravou dois álbuns, mas seu estrelato veio em 1981, quando fora convidado para assumir o posto de vocalista do Iron Maiden, em substituição a Paul Di’anno.

E logo de cara, ele estreou pelo álbum que é considerado como o melhor da carreira da donzela de ferro: “The Number of the Beast“, de 1982. E com uma performance mágica em músicas como “The Number of the Beast“, “Run to the Hills“. “Hallowed by the Name“, “Children of the Damned“, entre outras.

Suas performances foram apenas melhorando, nos discos “Piece of Mind” (1983) e “Powerslave” (1984). Foi na turnê deste álbum que Bruce, acompanhado pelo restante da banda, deu o ar de sua graça na primeira edição do “Rock in Rio”, em 1985. Na ocasião, o Iron Maiden realizou duas apresentações, na Cidade do Rock, em Jacarepaguá.

Bruce permaneceu a frente da donzela até o ano de 1993, deixando seu registro vocal ainda nos discos “Somewhere in Time” (1986), “Seventh Son of Seventh Son” (1988), “No Prayer for Dying” (1990) e “Fear of the Dark” (1992). Todos estes clássicos e itens obrigatórios na discografia dos fãs da banda. Neste meio tempo, ele se lançaria em carreira solo, lançando “Tattoed Millionarie”. No ano de 1990.

Após pegar os fãs e o mundo de surpresa com sua saída, Bruce mergulhou de cabeça em sua carreira solo. E uma carreira que até antes de seu retorno ao Iron, foi muito consistente, com excelentes álbuns. E foi em “Balls to Picasso” (1994) que ele começou uma parceria duradoura com Roy Z, que seria o produtor e guitarrista de quase todos os discos da carreira de Bruce pós Maiden, à exceção do subestimado “Skunkwors” (1996). Escolhera ainda o Brasil como cenário do seu disco ao vivo, chamado “Scream for Me Brazil” (1999).

Em 1999, Bruce retornou ao Iron, gravando o clássico “Brave New World” e o Brasil teve a oportunidade de receber novamente o aniversariante de hoje, na terceira edição do “Rock in Rio“, acontecida em 2001. Este redator que vos escreve estava lá in loco e eu confesso que fiquei muito impressionado com um Bruce no pico da sua forma, tanto vocal, quanto física. O cara correu o tempo todo pelo cenário do palco.

Seu último registro solo fora “Tyranny of Souls“, em 2005, Desde então, ele tem se dedicado somente à donzela, além de ter sido o comandante do Ed Force One, o boeing 747 que transporta os equipamentos e os integrantes do Iron Maiden em turnês mundo afora. Este avião pertencia à Air France e como esta aposentou os modelos 747 e a banda adquiriu este exemplar, que o caro leitor pode assistir ao vídeo abaixo.

O mais impressionante em Bruce é o fato de ele ser um autodidata. Ele jamais frequentou aulas de canto e cita como suas referências nomes como Freddie Mercury (Queen), Ian Anderson (Jethro Tull), Ian Gillan (Deep Purple), entre outros. Ou seja, o cara bebeu em fontes espetaculares.

Ele utiliza de alguns recursos técnicos, tais como “belting pleno”, “vibratos laríngeos”, “drive false chorus”, “drive de epíglote”, “mixed voice”, “half belting” e “impostação”. E seu tipo vocal é classificado como “Tenor lírico-spinto”.

Em 2019, em passagem pelo Brasil, Bruce visitou a fábrica da Embraer, onde testou um jato “Legacy 500”, ao qual elogiou, dizendo que era o melhor jato da empresa. E além de cantar e pilotar, ele contou em entrevista ao site “Época Negócios”, que tem planos de criar uma empresa que possa levar pessoas à órbita do planeta por preços mais acessíveis do que os que são cobrados hoje pelas empresas especializadas. E também está desenvolvendo um drone projetado para levar alimentos e suprimentos médicos a regiões isoladas ou que passaram por desastres ambientais.

Bruce Dickinson, assim como este redator que vos escreve, é historiador e recebeu um doutorado honorário em música, na “Universidade Queen Mary“, em Londres, no ano de 2011. Ele se formou por esta mesma instituição, no ano de 1979, ano em que este redator veio ao mundo.

Este ano, Bruce esteve no Brasil acompanhado de uma orquestra sinfônica fazendo shows nos quais prestou tributo ao Deep Purple. Também esteve na primeira edição do Summer Breeze Brasil, fazendo uma palestra.

Campeão de esgrima, o vocalista, vendeu milhões de cópias tanto com o Iron Maiden quanto em sua carreira solo, Bruce Dickinson se recuperou de um câncer na língua, em 2015. Os deuses do Metal ainda querem este gênio realizando grandes obras e protagonizando excelentes apresentações. Por tudo que esta lenda viva fez, não só pela música, mas pelo bem da humanidade é que nós lhe desejamos muitos anos de vida, Bruce! Nós precisamos ainda muito de você.

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