Chad Kroeger atribui longevidade do Nickelback aos seus haters

O vocalista do Nickelback, Chad Kroeger, foi entrevistado pelo programa de rádio KLOS, onde ele foi questionado sobre como toda a atenção negativa em torno da banda acaba tendo um efeito reverso, contribuindo para a longevidade do grupo. Chad disse:

Bem, eu venho dizendo isso há anos. Todos os detratores, todos os odiadores, todos os heróis do teclado, eles não têm ideia do quanto nos mantêm informados. É hilário. Essas pessoas que adorariam nos ver partir, se realmente quisessem nos ver ir embora, eles simplesmente se calavam. Porque todas aquelas bandas que surgiram conosco ao mesmo tempo se foram, porque ninguém falou nada sobre elas. Todos eles meio que desapareceram. Mas nós meio que transformamos toda essa coisa negativa em algo positivo. E aqui estamos.

O vocalista ainda falou sobre a reação ao memes de internet que vê com a banda:

Se é voltado para a música e achamos engraçado, deixamos para lá, porque a banda, coletivamente, tem um grande senso de humor. Quero dizer, engraçado é engraçado. Apenas rude e ignorante, isso é diferente. E sim, obviamente, há muito disso também. Mas engraçado é engraçado. E como os britânicos diriam, não temos nenhum problema em nos irritar.

Chad já havia sido questionado sobre este tipo de ódio em torno da banda, pelo “Metal Global” de Portugal e se ele entende como o Nickelback passou a ser tão odiado por tantas pessoas, Chad disse:

Acho que tenho uma boa noção de onde as coisas meio que saíram dos trilhos para nós. Acho que, como escrevemos tantos tipos diferentes de música, acho que se você estivesse ouvindo uma estação de rádio em algum momento entre 2000 e 2010, ’11, ’12 até, era meio difícil fugir de nós. Porque se você não quisesse ouvir e mudasse para uma estação de rádio diferente, provavelmente ouviria lá, e depois mudasse para uma estação de rádio diferente, provavelmente ouviria em muitos lugares diferentes. E foi muito difícil fugir de nós. E isso não é minha culpa. [ Risos] Nós apenas escrevemos as músicas. E com isso vem a reação. E então o que acontece é que os comediantes começam a fazer piadas, e então começa a aparecer na TV, e depois em filmes e coisas assim. E então se transforma nessa onda de, é divertido implicar e é uma piada fácil. E eu entendo. Tem bandas que quando ouço no rádio, eu… E são bandas muito populares… quer dizer, todos nós temos essas coisas. Ninguém está isento disso. Existem certas bandas em que você apenas as ouve e simplesmente não gosta delas. E outras pessoas podem – metade do mundo pode amá-los, e eu vou ficar, tipo, ‘Não. Eu simplesmente não consigo ouvir essa banda mais uma vez.’ E assim como todo mundo faz, eu apenas mudo de canal.

Mas nós nos tornamos o bode expiatório da indústria da música por um tempo. Mas tanto faz. É apenas parte da história da banda.”

E acrescenta:

“É engraçado porque estávamos no American Music Awards, e estávamos apresentando, e apresentamos o Def Leppard. E quando nós caminhamos para os bastidores depois disso, Joe Elliott e Phil Collen se viraram para mim, e eles disseram, ‘Cara, muito obrigado.’ Eu pensei ‘Para quê?’ Eles diziam, ‘Por levar o troféu. Nós passamos o bastão para vocês por serem a banda mais odiada do mundo agora.’ E eu estava tipo, ‘Ah, sim, porque eu quero isso ‘.

E é engraçado – nós fomos jantar com o AC/DC em Chicago anos e anos e anos atrás. E toda essa coisa surgiu. E Brian Johnson disse que quando eles lançaram Back In Black, eles eram a banda mais odiada do planeta. Então, sinto que estamos em boa companhia.”

Chega a ser hilário como a forma de se tratar o Nickelback acontece, com pessoas escondendo Cd’s do grupo, ou até mesmo, escondendo que conhecem e gostam de alguma faixa da banda. Enquanto isso, Chad e seus companheiros continuam a sua empreitada com o último disco lançado, “Get Rolling”.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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