Courtney LaPlante do Spiritbox diz que “tudo que as mulheres gostam é sempre ridicularizado”

Courtney LaPlante, a vocalista do Spiritbox, falou em entrevista a Eli Enis, sobre como sua banda, e outras mais novas, são ridicularizadas simplesmente pelo fato de terem fãs mulheres. Ela diz:

“Uma coisa que Spiritbox, Bad Omens, Sleep Token e presumo que Knocked Loose têm em comum é que acho que temos um público feminino bastante grande em comparação com nossos pares. O mesmo acontece com aquelas bandas da era Rise-core, as bandas da era emo. Assistindo aos documentários do Metallica e outras coisas, eles também foram ridicularizados por isso. Acho que tudo que as mulheres gostam é sempre ridicularizado, mas acho que as adolescentes são as fornecedoras de cultura.”

Em uma entrevista anterior, Courtney havia falado como o metal ainda não tem uma grande parte feminina o trabalhando, mas como o ambiente se tornou mais abrangente:

“Acho que provavelmente há uma quantidade semelhante de mulheres interessadas em tocar metal como sempre houve. Mas digamos que é muito mais fácil para um artista fazer um bom trabalho quando você está no palco e não há ninguém cuspindo em você, jogando uma cerveja em você ou tentando agredi-la sexualmente porque você é uma garota. Se eu sair agora, sei que estarei protegido pela segurança e pela forma como os locais mais legais são montados, mas quando você está começando, você não tem isso. Você está tocando em um bar. Então, tipo, não há ninguém entre você e as pessoas na plateia que talvez fique ofendido só por você estar lá. Então é tipo, eu acho que há menos de nós recebendo cervejas atiradas em nós, só isso.”

O Spiritbox fará a sua estreia no Brasil este ano, ao lado do Bring me the Horizon e os ingressos estão esgotados.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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