Edu Falaschi revela porque não gostava de cantar “Pegasus Fantasy” nos shows do Angra

Quando Cavaleiros do Zodíaco retornou a TV aberta no Brasil, lá pelo começo dos anos 2000 e com transmissão pela Band, a abertura do animê trouxe um música diferente da que lembravámos daa época da Manchete. Se tratava de “Pegasus Fantasy“, música original de abertura da série, e que foi interpretada em sua versão dublada por Edu Falaschi, a época, vocalista do Angra. Por diversos momentos durante aquele período, o público pedia para que Edu cantasse a música em shows da banda, o que parecia não deixar ele muito confortável.

Em sua recente aparição no podcast Flow, ele contou o porque de não gostar muito da ideia de apresentar a música. Ele disse:

“Eu ficava meio envergonhado assim porque eu era do Angra né mas eu não era o dono do Angra,músico contratado tal, entrei na banda, mas era contratado e os donos eram o Rafael e o Kiko e o show era do Angra. E quando isso tomou essa proporção, eu sempre fui meio tímido assim em alguns aspectos, e aí rolava um bagulho meio solo vamos dizer, tipo era uma parada minha que não tinha nada a ver com Angra dentro do evento do Angra, e eu ficava sem graça para caralho, assim e aí eu queria cantar, mas eu ficava sem graça cara falava,  pô Cavaleiros não galera, porque era isso. É porque cara, agora tô confessando aqui, porque, show dos caras, da banda que eu era membro e tal, mas a banda dos caras eu entendo, eu ficava meio assim tipo vou fazer uma parada minha sozinho aqui. Eu não fazia entendeu, ficava meio sem jeito, depois eu comecei a fazer, aí eu fiz no Almah. Mas fiz com Angra também às vezes, mas no Angra tinha esse esse bloqueio, vamos dizer assim.”

Edu também contou que recusou um convite para cantar a trilha de Bob Esponja, e conta o porque:

“Me chamaram para fazer uma trilha do Bob Esponja. Que eu fiz brincando aqui inclusive. E só que aí eu não aceitei cara, porque eu fiquei com medo, porque o Cavaleiro do Zodíaco bombou, parada tipo no show do Angra, os caras pedidndo Cavaleiro do Zodíaco.  Eu falei cara, mas o Cavaleiro do Zodíaco tem um um lance com metal,  o Bob Esponja não. Já pensou bagulho bomba aí e a galera gritando no show Bob Esponja Bob Esponja Calça Quadrada, aí eu não fiz. E era da Nickelodeon, um bagulho gigante assim cachêzao, mas eu fiquei com medo de real de dar certo. Eu falei, cara se der certo essa porra, fodeu,  eu vou ter que cantar Bob Esponja,  meu show lá sério, show de carreira e o pessoal pedindo Bob Esponja. Vou evitar!”

Em uma participação mais antiga no Flow, Edu contou que recebeu o convite a partir do empresário do Angra e admitiu que não conhecia Os Cavaleiros do Zodíaco“Fui lá fazer o teste e cantar a música. Peguei na hora, vi o texto, a letra, gravei, não tinha compressor, não tinha efeito, não tinha nada”, declarou. Segundo o músico, ele registrou apenas dois takes diretos, sem edição, mas que seu desejo era gravar em um estúdio, de maneira profissional. O produtor, entretanto, disse que era apenas um teste e que entraria em contato posteriormente.

Edu não recebeu mais nenhum contato do estúdio Álamo e Pegasus Fantasy, com a sua voz, foi ao ar naquele mesmo ano, sem ele ter conhecimento. Ele só ficou sabendo em 2004, quando Os Cavaleiros do Zodíaco, com sua nova dublagem, passou a ser exibido pela Band. “Estava em casa assistindo TV e começou a passar na Bandeirantes o desenho. Falei ‘caralho os caras lançaram o bagulho’, aí eu fui ouvindo, cara, a voz está com uma qualidade horrível, fiquei revoltado, voz está pouco fora do andamento, a mixagem está horrível, não tem efeito”, disse.

Inicialmente, Ricardo Cruz, foi escolhido para interpretar a música, porém, o estúdio não gostou da versão que ouviu. Em participação no podcast Amplifica com Rafael Bittencourt, ele comenta:

“Quando foi decidido que teria uma versão em português, eu fui convidado pela Álamo para fazer um teste”, relatou o músico em entrevista ao Amplifica, podcast do guitarrista do Angra, Rafael Bittencourt. “Eu nunca tinha entrado em um estúdio, nunca tinha colocado um fone para gravar nada, eu só cantava no karaokê, eu amarelei forte mesmo. Eu fiquei muito intimidado com o profissionalismo”

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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