Eloy Casagrande fala como foi participar do show final do Black Sabbath e encontro com Bill Ward

Eloy Casagrande foi uma grande surpresa ao estar no palco do Back to the Beginning do Black Sabbath. O brasileiro e baterista do Slipknot, fez uma jam junto durante o show do Mastodon, onde ele tocou ao lado de Mario Duplantier do Gojira e Danny Carey do Tool.

Em uma entrevista ao G1 e transcrita pelo Confere Rock, o músico falou sobre a partida de Ozzy:

“Foi um momento único, estar lá, né? Acho que é um momento que todo metaleiro, todo fã do Black Sabbath, todo músico gostaria de viver. Foi realmente ímpar.
Hoje, acho que todo o universo musical — principalmente o do metal e do rock — está de luto, porque o Ozzy foi a figura principal, pelo menos pra mim, nesse último século, desde a invenção do heavy metal.
Então, hoje posso afirmar que a gente está comemorando a vida do Ozzy, mas também está de luto, porque perdemos o maior ícone da história do heavy metal.”

Ele continua sobre a sua participação:

“Foi uma participação de última hora. A gente tinha terminado a turnê do Slipknot poucos dias antes. Eu fui pra Londres, fiquei na casa do baixista da banda, o Vman, que mora lá, e resolvemos ir ao show.
A gente tem uma certa proximidade com a Kelly Osbourne, que é casada com o DJ da banda, o DJ do Slip.
Então fomos ao show, e o Vman tem uma relação próxima com o Mastodon. A gente foi ao ensaio deles dois dias antes, e eles me convidaram pra fazer uma participação na música “Supernaut”, que é um cover do Black Sabbath.
Todas as bandas que tocaram naquele dia fizeram um cover do Sabbath, como homenagem. Então me convidaram pra subir ao palco com a banda, junto com o Mario Duplantier, do Gojira, e o Danny Carey, do Tool.
Foi um momento único, poder subir naquele palco e tocar nesse evento histórico.”

Em seguida, Eloy falou sobre o seu encontro com o lendário Bill Ward:

“Encontrar o Bill Ward foi um momento único. Acho que esperei a vida toda pra isso — pra encontrar com ele, cumprimentá-lo e agradecer por tudo o que ele fez pela bateria, pelo universo do rock e da música pesada.
Lembro quando comecei a tocar bateria, com 7 anos de idade… Naquela época, não usava fone de ouvido. Tinha um radinho pequeno que colocava o CD, e eu encostava na cabeça enquanto tocava, pra poder acompanhar as músicas do Black Sabbath.
E, quando encontrei com ele, não consegui segurar a emoção. Comecei a chorar, assim, descontroladamente. Só consegui agradecê-lo.
Ele não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, mas eu expliquei que tocava no Slipknot, e até alguém da equipe ou da família dele veio me dizer que ele esteve num show nosso em Londres no ano passado.
Ele estava lá, mas, claro, não ia me reconhecer porque eu estava de máscara. Enfim… eu só queria estar ali pra agradecer e viver aquele momento, celebrar a vida deles.Parece até mentira que teve esse desfecho, né? Duas semanas atrás, e agora ele partiu, faleceu…”

Ozzy Osbourne morreu nesta terça feira (22), aos 76 anos de idade.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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