Ex-manager de Bon Jovi afirma que banda não ‘passaria’ no mercado musical atual
Doc McGhee, que já gerenciou Bon Jovi no passado, declarou durante um encontro no Kiss Kruise que acredita que a banda não teria conseguido o mesmo sucesso se estivesse começando hoje. Segundo ele, o modelo da indústria mudou demais para dar espaço a esse tipo de trajetória.
“O ecossistema da música morreu”, diz McGhee
McGhee lamenta que a estrutura que permitia a sobrevivência de bandas foi destruída pelo “crescimento corporativo” e pela tecnologia moderna:
“Costumávamos ter um ecossistema que permitia que todos vivessem, como um recife”, explicou McGhee.
“Os empresários só podiam comer uma certa quantidade de peixes, as editoras só podiam comer uma certa quantidade de peixes… mas mantínhamos o recife vivo. E agora o mundo corporativo entrou aqui e matou o recife.”
Para ele, isso torna muito mais difícil para artistas novos ganharem espaço:
“Os novatos que chegam vão dizer: ‘Não consigo ganhar dinheiro fazendo turnês, é muito caro. Não consigo entrar no Spotify, não consigo entrar em nada, porque há muita informação, muita coisa por aí.’”
Ele prevê que isso levará à perda de grandes talentos: “Vamos perder o próximo Bob Dylan, o próximo Motörhead, o próximo AC/DC, o próximo Led Zeppelin… porque vão dizer: ‘Não dá para ganhar dinheiro fazendo isso.’
Bon Jovi demorou para explodir — e isso seria inviável hoje
Um dos argumentos centrais de McGhee é que Bon Jovi precisou de tempo para alcançar o sucesso comercial. Ele cita que a banda só estourou com o terceiro álbum, Slippery When Wet, lançado em 1986. Fun 104+1
Hoje, segundo ele, o mercado favorece contratos muito mais curtos:
“Agora não temos mais contratos de três álbuns. Temos contrato para um single.”
McGhee chega a dimensionar o volume de música sendo lançado: “Temos 187 mil músicas entrando no Spotify todos os dias … e eles acham que no ano que vem serão mais de 300 mil por dia.”
Uma luz no fim do túnel: McGhee aposta em novos nomes
Apesar do pessimismo, McGhee cita uma aposta para o futuro: ele acredita que o Yungblud tem potencial para se conectar com o público de forma autêntica e representar uma nova geração de artistas relevantes:
“Aquele em quem estou apostando … é o Yungblud. Acho que ele tem essa conexão com as pessoas.”
Impacto para o rock e para os artistas emergentes
A crítica de McGhee traz à tona a preocupação de muitos veteranos: a estrutura da indústria musical pode estar sufocando talentos emergentes. Com menos contratos duradouros, mais música disponível e custos altos para turnês, ele acredita que muitos artistas desistirão antes mesmo de “acessar a visibilidade real”.
Para ele, a “era do recife” — em que todos tinham chance de sobreviver — foi substituída por um ambiente dominado por grandes corporações, em que poucos conseguem realmente se firmar.

Os meios de comunicação e propaganda mudaram…evoluíram e ao mesmo tempo ¨involuíram¨, sendo que a internet virou o meio principal de vc enviar a sua fita demo que acaba virando uma video demo!!!! Até as revistas viraram coisa de Nuvem e raramente eu vou atra´s delas, já que sites e blogs do quesito rock/metal está disponível pela a rede para a galera roqueira e afins!!!! Sobre Bon Jovi…difícil dizer se não passaria no mercado atual, já que tudo hoje em dia é limitado, movido a modismo e saturado em determinados estilos!!!! Vejo muita banda boa e ao mesmo tempo sendo cópia de outras bandas já existentes…também tem aquelas que cresceram ouvindo determinada banda e acaba jogando isso para o seu estilo de tocar e cantar, difícil não copiar sem querer querendo!!!! Bons tempos de antigamente quando não existia a internet, valeu!!!!