Gus G. explica por que Ozzy o escolheu como guitarrista e analisa a dificuldade de imitar o estilo de Tony Iommi
O guitarrista grego Gus G., que integrou a banda de Ozzy Osbourne entre 2009 e 2017, revelou ao Guitar World como se sentiu ao ser escolhido para substituir nomes clássicos como Randy Rhoads e Zakk Wylde — e por que, segundo ele, o estilo de Tony Iommi é o mais difícil de emular.
Quando Ozzy o escolheu, Gus assumiu o desafio com humildade. Ele diz não saber ao certo o que conquistou o magnata do rock, mas acredita que Ozzy pôde perceber sua sonoridade em um vídeo pelo YouTube e sentiu que aquilo “encaixaria bem” com o que buscava.
Gus também compartilhou uma das lições mais valiosas que aprendeu com Ozzy:
“Ele não impunha exigências. Sempre foi educado e encorajador. Ele apenas me dizia para ser eu mesmo, tocar com o coração. Nada mais era discutido, realmente. Eu fiz o melhor que pude: treinei muito, cheguei no horário e toquei como se não houvesse amanhã.”
Sobre assumir o legado de guitarristas lendários, Gus não hesita:
“Eu tentei manter o mais próximo possível das gravações originais, mas com meu tom e meu som. Acho que o mais difícil de imitar deve ter sido Tony Iommi. Eu nunca poderia soar como Tony Iommi; ninguém consegue. Mas eu amava tocar o repertório do Sabbath todas as noites.”
Ele justifica essa dificuldade com uma análise técnica sensível:
“O estilo dele é tão pouco convencional. Talvez seja por ele ter perdido as pontas de dois dedos. Mas ele dobra as cordas de maneira sutil, mesmo ao tocar riffs. Também tem um senso de tempo único. Eu nunca poderia soar como Tony Iommi; ninguém consegue.”
Sobre sua abordagem pessoal, Gus buscou tanto respeitar a história quanto levar seu toque próprio:
“Eu não podia replicar o timbre exato — eu uso meu próprio equipamento, e nunca seria igual. E nem era para ser. Mas meu objetivo era tentar manter o espírito das originais… e ele achou que soava ótimo, e muitos fãs também.”

A técnicca de Iommi é inigualável mesmo, todo bom guitarrista tem o seu timbre e estilo próprio. Abraços!