Há exatamente 30 anos, perdíamos Kurt Cobain, o ícone da geração 90

A década de 1990 foi uma das mais marcantes em diversos aspectos socioculturais do mundo.

O movimento grunge nascia para o mundo com Pearl Jam, Soundgarden, Alice in Chains e claro, o Nirvana, especificamente, centrado na figura de Kurt Cobain, amado e odiado na mesma proporção.

Cobain era o reflexo do jovem angustiado, pobre, mirrado, com agasalhos esfarrapados e aparência desleixada, pelo menos no início, ainda no caminhar dos primeiros passos com “Bleach”, primeiro disco do Nirvana que pouco chamou atenção em seu lançamento.

Mas isso mudou em pouco tempo. É chover no molhado falar do impacto que “Nevermind” teve no mundo inteiro, e na vida do próprio Kurt, que não estava preparado para o que o lançamento desse disco provocaria no globo.

Números recordes, ao ponto de desbancar o maior ídolo pop, Michael Jackson, de paradas. Quem pode estar preparado para algo tão monumental e titânico?

Porém, junto com isso, a carga de responsabilidade recaiu nas costas de um menino de 20 e poucos anos, que fazia uma música desleixada e sem imaginar que tudo isso aconteceria da noite para o dia em sua vida.

Daí em diante, a espiral inconstante do turbilhão que foi a vida de Kurt Cobain não passou despercebido pelas lentes que transmitiam isso ao mundo inteiro. No Brasil, a única passagem na história do Nirvana pelo país é um show de horrores, com direito a punheta de seu líder ao vivo na Globo e um ser rastejando de quatro para deixar o palco.

Um casamento conturbado com Courtney Love vira motivo das carrancas dos fãs, que pintaram sua noiva como a vilã da história do ícone noventista. Mas afinal de contas, quem seria de fato o verdadeiro inimigo de Kurt Cobain? Love? As drogas? A fama? A depressão? Kurt Cobain?

Talvez todas essas sejam as opções corretas, ou as opções erradas, pois nunca entenderemos o que de fato se passou pela mente do jovem de 27 anos, que enfiou uma escopeta dentro de sua própria boca e não exitou em apertar o gatilho, em um último ato desesperado de seja lá o que for que tanto o castigava.

Mais uma vez, o Nirvana estampou as principais revistas e jornais do mundo, foi matéria principal em telejornais, mas não seria a última vez que isso aconteceu, como poderia se pensar.

Cobain se tornou um símbolo atemporal, que não só ecoa, mas se faz vivo, mesmo hoje, completando três décadas de sua partida, a história vive e continua a influenciar diversas e diversas gerações, e ao que parece, continuará fazendo isso por um bom tempo ainda.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

One thought on “Há exatamente 30 anos, perdíamos Kurt Cobain, o ícone da geração 90

  • maio 20, 2024 em 3:05 pm
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    Anos 90 era bom em todos os sentidos…video game, locadoras, filmes e fliperamas!!!! Em termos musicais…Guns, Metallica e Nirvana eram muito falados, no Brasil Sepultura ainda detonando…época em que a MTV ainda prestava!!!! Sem contar o acústico da MTV que para muitos é considerado um dos melhores discos da banda, onde Cobain toca e canta seus clássicos e influências!!!! Alice in Chains, Soundgarde, Sonic Youth e Nirvana marcaram muito na época…eu era feliz naquela época e não sabia, valeu!!!!

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