James LaBrie fala sobre a como foi feita a escolha de músicas da era Mangini com Portnoy de volta a banda

Foto: André Tedim

Atualmente o Dream Theater está em sua turnê que comemora os 40 anos de existência da banda. Em entrevista ao Full Metal Jackie, o vocalista James LaBrie fala sobre a longevidade da banda e comenta:

“Quando começamos a criar um álbum, para nós, tem que ser como se estivéssemos no começo da nossa carreira. É realmente sobre nos esforçarmos, sentir que estamos crescendo não apenas como uma banda, mas individualmente e coletivamente, que podemos produzir algo que pareça novo.

Não há como negar que ainda estamos nisso pelos motivos certos. Adoramos criar novas músicas, adoramos lançar novos álbuns e adoramos fazer turnês e interagir com nossos fãs.”

No bate papo, LaBrie ainda falou como foi feita a seleção do material feito com o baterista Mike Mangini, com quem a banda lançou cinco discos ao todo, para ser tocado com Mike Portnoy, agora de volta a banda:

“A conversa inicial foi só por que você não ouve esses álbuns e nos conta o que você gosta. Quais músicas te tocam mais e quais músicas você se sentiria confortável tocando em um ambiente ao vivo? E ele voltou, e essas são as músicas que ele escolheu.

Então, há duas músicas da era Mangini. E ele faz justiça a elas. Você sabe, ele está. Ele está tocando o mais próximo possível do original, mas ao mesmo tempo ele está dando um pouco de si. Seu talento e seu, hum, estilo e sua abordagem.

Eu acho isso legal. Você não precisa ser um robô. Eu acho que mesmo nas músicas das quais ele fez parte, ele ainda pode não necessariamente tocar direito. Pode haver pequenos floreios aqui e ali.

Certo, 98 por cento do tempo, ele está tocando exatamente como o álbum. Mas uma das coisas bonitas quando você está tocando ao vivo é que você tem essa liberdade de fazer pequenos enfeites aqui e ali. E ele faz isso de uma forma muito calculada, de uma forma criativa e artística.

Então estava tudo bem. Não era tipo, “Oh, ei, sabe, sinto muito por isso. Você vai ter que fazer algumas dessas.” Era tipo, “Ei, sabe, não podemos ignorar o fato de que temos cinco álbuns lá que deveríamos fazer um pouco desse material.”

Então estava tudo bem. Estamos todos em um lugar muito bom agora. Acho que quando você envelhece, você evolui, você amadurece, você fica mais sábio. E nós entendemos o que estamos fazendo, e sentimos que somos abençoados por ainda estarmos fazendo o que estamos fazendo e que estamos nisso 100 por cento.

Não é só uma questão de, vamos gerar algum dinheiro e sair por aí e lançar algo. Para nós, criar um álbum como Parasomnia foi o melhor que pode ser. É como uma banda apresentando seu primeiro álbum ou seu segundo álbum. Tem que ser ótimo.”

O Dream Theater lançou recentemente o seu mais novo disco “Parasomnia”, e a resenha você pode ler aqui.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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