Lordi – “Scream Writers Guild” (2023)
Adentrar um disco do Lordi é o mesmo que estar adentrando uma convenção de filmes de terror. Tudo está lá. A trilha sonora macabra, os figurinos exagerados dos monstrengos, as letras contando histórias sombrias, e claro, diversão acima de tudo.
A banda conseguiu um lugar alto no pódio dos “monsters rock”, e não deixando a boa musicalidade de lado. É isso tudo que encontramos no novo discos dos caras, “Scream Writers Guild”, o 18º registro de sua discografia, lançado pela Atomic Fire e lançado no Brasil pela Shinigami Records.
O trabalho abre em tom cinematográfico com “Dead Again Jayne“, que parece uma abertura de filme de terror dos anos 50. Dona de um grande refrão, a música é cativante e conquista de cara com seu hardrock preciso. “Unliving Picture” é daquelas músicas que no primeiro acorde você sabe se tratar de algo do Lordi. Tem um grande solo, refrão grudento e marcante e não menos, uma das melhores do disco. “Inhumanoid” é algo baseado nas ficções cientificas que por muito tempo foram temas centrais dos filmes. Ah, e falando em filme, vale lembrar de se dar uma boa olhada no encarte do disco, que traz diversas referências a cartazes de filmes do gênero.
Dado seguimento, “Vampyro Fang Club” é como o nome sugere, um rito de iniciação no ciclo do monstro e uma boa música. “Lucyfer Prime Evil” é um bom heavy metal tradicional, groovada e com toques do teclado que enriquecem o andamento.
O disco segue caminhando por mais histórias de vampiros, lobisomens, espantalhos e outros seres e contos que mexem com o imaginário há tantas décadas em um mundo sombrio e aterrorizantes, mas que ao mesmo tempo, diverte demais.
E é isso que o Lordi faz em seu novo registro. Do terror, eles tiram a graça e conseguem cativar o público por baixo de suas camadas monstruosas, mas com música bem executada e compromissada. Eis aí bons momentos de diversão com o heavy metal/hard rock.
NOTA: 7