Luana Dametto revela como começou a tocar e quem foi o baterista que a fez levar a bateria a sério
Em conversa com o BlahTera, a baterista da Crypta, Luana Dametto, contou um pouco de como começou a sua carreira no instrumento. Ela diz conforme transcrito pelo Confere Rock;
“Eu tinha 12 anos quando comecei a tocar batera. Eu moro numa cidade bem pequena, chamada Tapejara, lá no Rio Grande do Sul, e não tem muita coisa pra fazer em Tapejara. Assim, não tem evento… Quer dizer, hoje em dia tem mais, mas, na época, quando eu era mais novinha, não tinha muita coisa. Não tinha pra onde ir, não tinha muito amigo também. Sempre fui uma criança meio introvertida. Aí, eu decidi, de um dia pro outro, que eu queria ter um hobby pra tomar meu tempo, enfim, né? Ter o que fazer mesmo, porque eu era uma criança que jogava muito videogame, só ficava em casa, no PC.
Aí, eu ouvi falar, ainda na época do MSN, que um amigo do primo do amigo — e foi aquela corrente de gente — que alguém tocava bateria. Aí, foi meio instantâneo. Assim, eu nem sabia por que eu queria, só fiquei: “Ah, se o fulano toca bateria, me parece um negócio interessante pra começar, né?” Não é porque, pelo amor de Deus, dá trabalho, né? Cara, é grande, incomoda os vizinhos. Mas, na época, eu falei: “Ah, pô, ideia! Vou tocar bateria.” E aí, incomodei meus pais até conseguir uma bateria. E, junto com a bateria, eu descobri o metal também: Slipknot, entre outras bandas, com a MTV aí da época. E aí, eu levei a sério. Eu falei: “Tá, beleza, talvez eu queira que seja mais que um hobby. Assim, eu gostaria de realmente tentar aprender o máximo que eu puder pra viver disso, conseguir um trabalho nesse ramo, alguma coisa assim.” Mas foi isso: eu comecei por falta do que fazer, na verdade, e aí, depois, no processo, eu levei a sério.”
Luana revela então que sempre focou no rock/metal durante seus anos de estudo:
“Nunca toquei outros estilos, porque, quando eu comecei a tocar batera, bem, foi a mesma fase que eu conheci o metal. Assim, antes, como eu era muito criancinha, eu não chegava a ouvir meio que nada específico. O que tocava na TV, na rádio, eu ouvia. Aí, quando eu me interessei por música, já foi com metal. Então, claro, eu comecei com coisas mais simples, né? Tocando as mais facinhas do Judas, né? “Living After Midnight”, tocando os Black Sabbath mais simples que tem. Mas eu já comecei tentando ir mais pra esse setor, e me mantive aí. Me mantenho até hoje.”
Sobre as bandas que ela tocava, Luana diz:
“Olha, eu escutava o que passava na MTV, porque a MTV tinha aqueles compilados tipo “10 bandas mais chocantes do não sei o quê” que passava de madrugadão. Aí, passou Slipknot, Marilyn Manson. Na época, eu lembro de passar Bullet for My Valentine, que era bem famoso aí na época, Mudvayne, Korn. Tinha muito no metal na época, né? Que tava aí, era uma trend. Então, foi com essas bandas que faziam uma trend na MTV que eu comecei mesmo. Basicamente essas aí. Depois, com a internet, eu descobri Mayhem e outras bandas tipo Deicide. Aí, fui mais pro Death Metal. Mas, do comecinho, foram essas.”
Na sequência, Luana Dametto então revela quem foi o baterista que a fez realmente levar a bateria a sério:
“Eu comecei a levar bateria a sério por causa do Joey Jordison, do Slipknot. Eu não sabia que dava pra tocar assim. Tipo, claro, já conhecia alguns metals bem mainstream, mas nunca tinha prestado atenção que dava pra tocar tipo veloz assim, fazer aquelas viradinhas. E o Joey sempre foi baixinho, né? Mirradinho. E, pra mim, era tipo uma inspiração: “Pô, se um cara do meu tamanho consegue, uma hora, quem sabe, um dia, estamos aí ainda?” E comecei ouvindo o Joey Jordison. Foi aí que eu tomei, levei a sério. Falei: “Ah, não, eu queria, poxa, queria aprender mais mesmo.”
Luana ainda fala sobre ter tido professores no início da jornada musical:
“Eu tive muitos professores no começo, porque, como eu moro lá na cidade pequena que eu falei, eu tinha que pedir pra professores irem pra minha cidade na época, ou eu tinha que viajar pra lá, ou eles vinham pra minha cidade. Não tinha um professor de batera na sua cidade na época? Não tinha. Tinha bateristas, né? Tem bateristas, mas ninguém que queria trabalhar com aulas na época. Talvez hoje em dia deva ter, mas, na época, não tinha. Então, o meu primeiro professor vinha de buzão pra minha cidade. A gente pagava o buzão pra ele, a aula. Ele vinha, dava uma hora de aula. Aí, ele me ensinou bem o basicão. Depois, eu peguei um outro professor que me ensinou um pouquinho mais, e outro, e outro, até que eu já comecei a ir pra outras cidades, ir pra Novo Hamburgo, fazer uma aula por mês, por exemplo, porque é difícil, porque era muito longe. E, até hoje, hoje em dia, eu não faço aula toda semana, mas, sempre que eu sinto que eu preciso de ajuda com alguma coisa, que eu vi que tipo: “Poxa, isso aqui eu queria fazer e tá sendo difícil demais, não tô descobrindo sozinha o meu caminho”, eu geralmente contato algum amigo meu de alguma banda que eu gosto, que é bom nisso, pra ajudar a dar uma desbloqueada. Então, ainda tento procurar por aulas.”
Sobre sua primeira banda ela diz:
“Minha primeira banda chamava Apófises, né? Ainda tá ativa essa banda, só não estou lá mais. Mas é uma banda de Passo Fundo. E, de caras ali, essa banda tinha outro nome, e aí o batera saiu. Eu tava procurando por banda na mesma época. Ali, não tem muita gente. Quem tem, quem toca, já se conhece, ou já tocou junto e não deu certo, ou já tem 20 bandas também. Então, meio que eu encaixei ali. E também não tinha outra banda. Até tinha outra de Death Metal, mas é uma banda formada só por irmãos. Eu falei: “Não tem como, né? Tipo, eu não sou da família, não vai dar certo. A não ser que alguém morra, né? Que não queremos.” Aí, são todos meus amigos, e eu falei: “Não vou ter banda.” Aí, tinha essa banda, eu falei: “Vai ter que ser, gente. Esses meninos vão ter que me aceitar de qualquer jeito. Vou ter que fazer uma oração.” Aí, foi essa minha banda.
Com 16 anos, foi ali que eu comecei a aprender a tocar mais coisas do gênero. Assim, não sabia nome de nada, não sabia que era blast beat, nada, mas já tentava, porque eu tinha que tirar as músicas do baterista anterior. Aí, foi ali que eu falei: “Ah, que coisa, né? Tem que aprender isso aqui mesmo.”
é isso aí, cada um com suas influências e dádivas!!!! Nicko Macbrain do Maiden é o meu batera preferido, sempre!!!! No ínicio eu gostava mesmo de guitarras, riffs!!!! Lembro de ter visto aquele acústico MTV do Pearl Jam e aí o mundo das baquestas foi me apresentado…virei fã do Dave Abbruzzese automaticamente!!!! Se não fosse pelo o som do Maiden, com certeza Dave Abbruzzese seria o meu batera favorito!!!!! Em termos de som extremo, sempre fui fã de Iggor Cavalera!!!! Não existe esse lance de melhor batera, acredito que existe o melhor batera de cada estilo!!!! Valeu!!!!
Ela toca muito. Abraços!