Megadeth: ex-baterista Shawn Drover fala sobre a má reputação de Dave Mustaine

O baterista Shawn Drover fez parte da penúltima formação longeva do Megadeth e por lá esteve entre os anos de 2004 e 2014, quando gravou os álbuns “United Abominations” (2007), “Endgame” (2009), “Th1rt3en” (2011) e “Super Collider” (2013). Ele deu uma entrevista ao site canadense The Metal Voice, transcrito pelo site Blabbermouth e traduzido aqui por nós, onde ele falou sobre a reputação nem sempre tão positiva do líder de sua ex-banda:

“Acho que parte disso pode ser de seus pontos de vista políticos em um determinado momento. Você sabe como isso acontece – política e religião podem definitivamente incomodar as pessoas. Isso é certamente, eu diria, talvez parte disso. Nunca fiz nenhum comentário de qualquer tipo sobre essas coisas. Quem sabe? É apenas para criar uma manchete. É clickbait, eles chamam. É só música, cara.”

Drover continuou, falando sobre os dez anos que ele passou tocando com Dave Mustaine:

“Não tenho nada além de boas lembranças e coisas boas a dizer sobre isso”, disse ele. “Se não fosse por aquela banda, não estaríamos conversando hoje – eu garanto… Não tenho nada além de coisas boas a dizer sobre isso. Então, estou muito agradecido.”

Em 2014, Drover anunciou sua saída do Megadeth e no mesmo dia o guitarrista Chris Broderick também anunciou que estava abandonando o barco. Os dois formaram o Act of Defiance, que já tem dois álbuns lançados. Atualmente o baterista está divulgando o álbum de estreia de seu mais novo projeto, o Withering Scorn, onde refaz a parceria com seu irmão, o guitarrista Glen Drover. Shawn sempre tem dado entrevistas onde se diz grato por ter passado uma década tocando em uma das maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos. Em 2015, ele falou sobre como sentia em relação a sua posição na banda e o porquê de ter decidido sair:

“Eu nunca tive um problema com (Dave) de jeito nenhum. Sempre achei que nos dávamos muito bem e conhecia meu papel na banda. E isso é uma grande parte de se juntar a uma banda como essa. Se você não conhece o seu papel e pensa que pode entrar em uma situação… para uma banda estabelecida e pensar que pode ser um parceiro igual ou algo tolo assim, isso seria apenas isso: seria muito tolo. Entrei na situação sabendo qual era o meu papel, respeitei o legado da banda e apenas tentei fazer o melhor que pude. Então, na verdade, foi muito fácil. Eu me dava muito bem com ele. Eu me dava muito bem com todos. Mas eu era inteligente o suficiente para saber qual era a situação e nunca pensar: ‘Ah, vou colocar minhas músicas no próximo disco’. Nunca foi assim. Respeitei o legado da banda e tentei mantê-lo da melhor maneira possível. não importa quem… seja qual for a formação da banda na época, eu apenas fiz o meu trabalho. Mas no final das contas, deixei a banda – não fui demitido; Deixei. Então foi puramente um musical… Eu queria escrever músicas mais pesadas, e foi isso que fiz.”

O Withering Scorn lançou “Prophets of Demise” no último dia 7 de julho, via Frontiers Music Srl. Além dos irmãos Drover, a formação conta ainda com o baixista Joe DiBiase (Fates Warning) e com o vocalista Henning Basse (Metalium).

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