Meninos eu vi Rita Lee por Beto Lee em noite de celebração no Qualistage

Meninos eu vi. E vi com esses meus olhos que a terra há de comer, vi um belo espetáculo musical. Vocês precisavam ter visto. Vi e todos os presentes sentiram a presença de Rita Lee entre os presentes no show tributo em que seu filho Beto Lee, seu rebento, produziu e que por anos foi um parceiro dentro dos palcos.

O show foi realizado no Qualistage, antigo Metropolitan, casa de show tradicional no Rio de Janeiro, espaço que nos anos 90, teve passagem por lá, importantes nomes do rock roll. E bom lugar para se apreciar um show. Som bem equalizado, alto e potente, quem está ali, não pode reclamar da qualidade sonora da casa.

O show estava marcado para iniciar ás 21h30. Como um bom show que preze, começou um pouco depois do horário. Mas nada absurdo. Luzes do palco acesas, os músicos começam a entrar no palco e assumir seus postos. Na guitarra, Beto Lee, que de berço, foi pegando a manha e assim como seu pai, tem talento na guitarra. No baixo, Lee Marcucci, que ao lado de Rita, integrou o Tutti Frutti, uma das grandes bandas brasileiras dos anos 70 e um exímio baixista. Nos vocais, Débora Reis, um bom achado como cantora, cantou com maestria as músicas da saudosa cantora e soube conduzir o público e tem presença de palco. Não se pode esquecer do restante da banda. Na batera, Edu Salvitti, no teclado, Danilo Santana e na guitarra base, Rogério Salmeron. E regido pelo maestro Adriano Machado, a Orquestra sinfônica Villa-Lobos, abrilhantou ainda mais o show.

Numa mescla de toda a carreira de Rita Lee, passando pela fase nos Mutantes, Tutti Frutti e a carreira ao lado de Roberto de Carvalho, o pontapé inicial foi com Nem Luxo Nem Lixo, só para aquecer. Na terceira música, entra a convidada do show. Fernanda Abreu, com seu carisma e voz inconfundível, mostrou a que veio e agitou ainda mais o público presente. Público esse que era vibrante e sempre gritava “Viva Rita Lee”. E como foi bom ver a união da geração que vivenciou a Rita no auge e uma galera mais nova, que talvez não tenha acompanhado algum show da rainha do rock brasileiro, mas demonstra interesse em conhecer o passado. E o mesmo público, teve a chance de ver Beto Lee assumir os vocais em “Orra Meu”.

Aos que quiseram relembrar in loco, as músicas de Rita Lee, sentiram agraciados em poder sentir por um momento a mesma vibração de quando ela estava no palco. E para quem foi pela primeira vez, pode conferir a importância e tamanha relevância que a cantora e compositora foi para o Rock brasileiro.

FOTOS: Dantas Jr. 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *