Morre aos 71 anos, Hulk Hogan

Hulk Hogan, um dos ícones mais marcantes da luta livre americana, faleceu aos 71 anos em sua residência, localizada em Clearwater, na Flórida. A informação foi divulgada pelo site TMZ e confirmada por seu agente, embora a causa da morte ainda não tenha sido oficialmente revelada.

Nascido como Terry Gene Bollea em 11 de agosto de 1953, em Augusta, no estado da Geórgia, Hogan se tornou uma verdadeira lenda do wrestling nas décadas de 1980 e 1990. Com sua presença imponente e carisma único, foi um dos grandes nomes da World Wrestling Federation (atualmente WWE) e da World Championship Wrestling (WCW), acumulando doze títulos mundiais — seis por cada organização. Entre 1984 e 1988, permaneceu invicto na WWF por impressionantes 1.474 dias consecutivos. Também entrou para a história ao ser o primeiro a vencer o Royal Rumble duas vezes seguidas, em 1990 e 1991.

Sua popularidade transcendeu os ringues e o levou para o mundo do entretenimento. Participou de diversos filmes e séries, especialmente produções que misturavam ação e comédia, como Rocky III (1982), Desafio Total (1989), Comando Suburbano (1991), O Senhor Babá (1993) e a série Thunder – Missão no Mar (1994). Apesar de não serem aclamadas pela crítica, essas obras conquistaram o público e ajudaram a consolidar sua imagem de astro popular.

Além das produções em que interpretava personagens, Hogan também fez participações como ele mesmo em títulos como Esquadrão Classe A, S.O.S. Malibu, Gremlins 2, Duro de Espiar e Muppets do Espaço. Sua voz também foi emprestada a animações como Frango Robô e American Dad.

Em 2012, Hogan enfrentou uma polêmica judicial de grande repercussão após o site Gawker publicar um vídeo íntimo sem seu consentimento. O caso resultou em uma indenização inicial de US$115 milhões, que somada a multas chegou a ultrapassar os US$140 milhões. Posteriormente, um acordo de US$31 milhões pôs fim ao processo, mas o impacto foi tão severo que contribuiu para a falência do grupo Gawker.

Nos últimos anos, o ex-lutador também se aproximou da política. Chegou a participar de eventos do Partido Republicano nos Estados Unidos e protagonizou um momento polêmico ao rasgar a própria camisa durante uma convenção, como forma de apoio à candidatura de Donald Trump à presidência.