Neil Turbin faz show histórico na Jai Club e celebra 40 anos do álbum “Fistful of Metal” do Anthrax

TEXTO E FOTOS POR: JULLY

No último domingo (23) a Jai Club parou para celebrar os 40 anos do álbum “Fistful of Metal” e chamou nada mais, nada menos do que o dono do registro original, Neil Turbin, para tocá-lo na íntegra. E logo na chegada percebemos que os amantes de Anthrax e simpatizantes, decidiram sair de casa em peso para prestigiar o evento da melhor forma possível: trajados com a sua farda preta, com seus cabelos muito bem hidratados, uns bons acessórios e muito rock na veia!

Mas antes de recebermos o dono do show, tivemos bandas de abertura sensacionais que aqueceram o público e logo de início fomos recepcionados pela banda Warsickness que incendiou o palco, ainda com um público tímido, mas ao longo do seu show, a galera foi sendo convidada a formar uma grande roda para coreografar um setlist bem apimentado e que movimentou até quem estava sentado.
Com um show um pouco mais curto do que de costume, por questões de atrasos, a banda não deixou de fora sucessos como: “Baptism by Beer”,”Warsickness”, “Black Army”, “Evil Christ”, “Alcoholic Brain” e abrindo o show com a icônica “Do You Remember Your Death“. Inclusive esse ponto, foi bastante questionado pela banda durante o show pois sua apresentação acabou sendo prejudicada. Mas mesmo assim, o público agitou e prestigiou demais a Warsickness do inicio ao fim do show.

Com a animação lá no alto, a banda Selvageria também não deixou ninguém parado e colocou todo mundo para girar com as suas músicas autorais. Trazendo riffs bem trabalhados em seus sons, o Selvageria tem que garantir uma vaga na sua playlist, caso você ainda não a conheça. Já aproveita para incluir alguns dos singles tocados como: “Cinzas da Inquisição“, “Hino do Mal” e também “Selvageria”.

A tarde de domingo também foi celebrada pelos amantes de um bom e velho heavy metal trazido pelo Azul Limão, que para mim foi um achado no meio da multidão. Incluindo no set list canções como: “Não Vou Mais Falar“, “Satã Clama Metal” e outras que fazem parte da história da banda desde a sua formação em 1981, eles sabem muito bem para o que vieram e conseguiram segurar muito bem a animação da galera.

Durante a troca de palco das bandas, uma multidão se encaminhou para fora da casa e quem é que chegou? Neil Turbin levando os fãs a loucura. Prontamente se direcionaram até o frontman, empunhados com seus discos de vinil para que fossem autografados. Neil, bastante atencioso, atendeu cada um deles. Fotografando e tirando algumas selfies muito prontamente. Eu, que não sou boba, nem nada, logo garanti a minha também e até arrisquei meu inglês em agradecer o grande astro do rock.

Mas como o show não pode parar, ainda faltava uma banda para a chegada do nosso headliner do dia. E assim foi com a apresentação da banda Hammathaz, que fez um setlist com algumas canções do novo álbum “The One”: “Self-Chained“, “New Blood” e também “The End“, deixando todo mundo no ponto exato para a chegada de Neil. Mas o que levantou mesmo a galera foi o cover de “Roots Bloody Roots” do Sepultura, levando a casa abaixo e criando a maior roda já aberta no dia. Foi tudo tão insano que até o vocalista desceu do palco para participar e agitar ainda mais.

Como prometido, Neil chegou chegando, enlouquecendo a plateia que tanto lhe aguardava e a abertura do show não poderia deixar de ser diferente, com a música “Deathrider” que só foi um aperitivo do que estava por vir. “Metal Thrashing Mad” (que ficou ainda mais especial com um coral especial da plateia em seu refrão),”Howling Furies”,”Soldiers of Metal”, além de “Panic” e “Death Frobm Above”, foram mais algumas que deixaram os fãs muito mais animados como de costume no decorrer da tarde.
Neil também não deixou de fora a composição clássica de 1985 que se mostrou mais atual do que nunca de “Armed and Dangerous”, que faz parte do álbum “Spreading the Desease“.
Em alguns momentos do show ele conversou com a plateia, dividiu o microfone com os fãs e continuou sendo bem carinhoso com todos que lhe esperavam aqui no Brasil.
Não podemos deixar de mencionar, que os fãs puderam adquirir algumas lembranças da turnê na banca de merchan do cantor, que ia desde cd´s até cerveja em edição comemorativa para guardar de recordação.
Por fim, Neil continuou o seu ritual de gentileza e atendeu todos os fãs que lhe aguardaram no fim do show. Distribuindo sorrisos e até palheta para os mais pacientes que esperavam ansiosos por uma atenção do cantor.

Se você perdeu essa mini turnê, não se preocupe porque ainda dá tempo de acompanhar a cobertura completa aqui no Confere Rock!

Agradecemos ao Som do Darma e Susi dos Santos pelo credenciamento do evento!

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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