Nuno Bettencourt revela a maior lição que aprendeu com Layne Staley

O guitarrista Nuno Bettencourt, da banda Extreme, descreveu em entrevista ao podcast The Jay Jay French Connection como um show da Alice in Chains o impactou profundamente. Quando o Alice in Chains abria para o Extreme em uma turnê — com plateias quase vazias — Bettencourt assistiu a Layne Staley subir ao palco. Ele relatou:

“Quando o Extreme começou a fazer turnês, o Alice in Chains abria os shows para nós… Lembro-me da passagem de som… eles começaram a tocar a música… Depois, assisti ao show… lá estava ele, parado, com os olhos fechados… Naquele dia, percebi… você não se apresenta para as pessoas. Você não prova nada para o público. Você os leva com você. Você os leva em sua jornada.”Mundo da Guitarra+2Chicote cervical+2

Esse momento, segundo Bettencourt, redefiniu sua visão de como estar no palco. Ele percebeu que o show não era uma competição ou uma demonstração de técnica, mas uma experiência compartilhada com quem está assistindo.


“Não se trata de ganhar pontos”

Bettencourt continuou explicando como saiu daquela noite com uma nova mentalidade:

“Quando eu estava assistindo Layne, pensei… ‘Todo mundo acha que é como marcar pontos… como ginástica.’ Não é. … É isso que faz você voltar para casa com uma experiência. … Só existe um de você. Ninguém mais consegue fazer o que você faz.”incl.+1

Ele afirma que a autenticidade e a presença de Staley naquela apresentação — parado, olhos fechados, intenso — ensinaram-lhe que ser verdadeiro no palco importa mais do que impressionar com exibição técnica.


A influência duradoura para músicos

Para Bettencourt, a lição vai além da performance: ela molda a maneira de compor, tocar e se conectar com o público. Ele definiu:

“O que os músicos, guitarristas, qualquer pessoa, precisa saber… é que… só existe um de você. Ninguém mais consegue fazer o que você faz.”

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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