Orianthi detalha como era trabalhar com Michael Jackson

A guitarrista Orianthi, que fez parte da banda de Alice Cooper, e desenvolve um trabalho com Richie Sambora, além de ter sua própria carreira solo, foi mostrada ao mundo quando integrou a banda de ninguém menos do que Michael Jackson.

Ela seria a guitarrista da turnê “This Is It“, que acabou não acontecendo devido a morte do Rei do Pop após a série de ensaios, que posteriormente virou um DVD.

Em uma entrevista a Mitch Lafon e Jeremy White, ela falou como Jackson lhe dizia exatamente como sua guitarra deveria soar. Ela diz, sobre ele ter influência no tom usado nos ensaios:

Sim, totalmente. Quero dizer, troquei meus amplificadores algumas vezes. Liguei para Paul Reed Smith e disse: ‘Paul, precisamos de uma guitarra que soe como uma Strat… Então, havia muitas coisas – atenção aos detalhes. E Michael Jackson ouviu tudo. E quando se tratava de dança, as roupas – tudo. Quero dizer, foi um show totalmente insano, de proporções épicas.

E ele faz, você sabe, cristais Swarovski e tudo mais, com aranhas gigantes. E tem muita coisa acontecendo, e foi incrível poder trabalhar com ele por – acho que foram dois ou três meses, algo assim. Tão selvagem, e poder apenas… observá-lo, trabalhar com os músicos e me orientar. E ele era muito solidário… de todos, ele queria que todos se posicionassem e fizessem suas coisas .”

Ela também falou sobre a abordagem detalhista que Michael tinha:

Ele ouviu tudo de mim – apenas ‘Oh, você poderia mudar as configurações do seu amplificador’, ele disse uma vez, e eu fiquei tipo, ‘Com certeza;’ ele disse, ‘Eu quero que seja um pouco mais fino, eu quero cortar um pouco mais quando você fizer este papel.’ E então, sim, foi ótimo. E trabalhando com o diretor musical, Michael Bearden e todo mundo, Jonathan Moffett [bateria], que baterista incrível – acabei de fazer uma sessão com ele outro dia em seu álbum. Então isso é bem selvagem. Mas ele é, sim, ele é incrível” .

Em outra entrevista a GuitarLoad, Orianthi contou como conseguiu a vaga:

Eu estava em estúdio trabalhando com (a compositora) Diane Warren e colocando alguns vocais. Recebi um e-mail pelo MySpace de Michael Bearden (maestro) falando que Michael (Jackson) me viu no Grammy com Carrie Underwood e assistiu meus vídeos no YouTube e falou que precisava de alguém como eu na banda. 

Pediram para eu aprender ‘Dirty Diana’ e ‘Beat It’ e tocar para eles no dia seguinte, pois eles iriam começar um projeto. Fiz o que pediram e não sabia o que esperar. Eles me contrataram na hora e começamos a trabalhar. Foi surreal. 

Foi uma honra e me sinto grata pela oportunidade. Ele incentivava todos a darem o melhor. Ele falava para entrarmos em nossa luz própria e nos elevarmos. Falava para eu atingir a minha nota mais alta, continuar me esforçando para me tornar a melhor performer. Ele era muito preciso, da dança aos sons. Tinha uma memória fotográfica de cada parte de suas músicas. Foi incrível”.

Anteriormente, Michael Jackson trabalhou com a guitarrista Jennifer Batten, que revelou ter feito teste para a banda de Ozzy Osbourne.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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