Ozzy Osbourne sobre o disco “Reunion”: “como fazer um cocô musical gigante”

Os anos 90 foram uma monta russa cheia de altos e baixos, idas e vindas, para o Black Sabbath, principalmente pelo fato dos discos lançados na era Tony Martin, que não passaram de resultados mornos com o público.

A era foi carimbada com o fracasso experimental em “Forbbiden”, que misturava coisas em nada tinham a ver com a identidade do Sabbath.

Com os péssimos resultados do lançamento, uma volta da formação clássica foi realizada, culminando no disco “Reunion”.

Em entrevista ao escritor Martin Popoff, para o livro “Black Sabbath – Bor Again“, Ozzy Osbourne falou sobre o registro. Ele diz:

Só posso falar por mim, mas tenho vemos muito tempo para ouvi-lo durante as últimas semanas, e é um bom disco. O objetivo, na minha opinião, é que ficamos afastados por tanto tempo, que a única forma disso dar certo seria de fizéssemos para valer. Fizemos uma turnê no ano passado, mas poderia muito bem ter sido outra porra de banda. Porque, na minha opinião, o Black Sabbath é Bill Ward, Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler. É só. Eu poderia ter o Ginger Baker na bateria e não seria o Black Sabbath, eu poderia ter o Phil Collins na bateria e não seria o Black Sabbath. Então, a atmosfera e a emoção não estavam lá. Quando concordamos em fazer os shows em Birmingham, já tínhamos oscilado tanto, que apenas decidimos gravar tudo e ver o que aconteceria. Não sabíamos o que ia sair disso, mas funcionou, e acabou sendo melhor do que todos esperavam. Todo mundo estava tão contispardo para tocar as músicas depois de tanto tempo parado, era como cagar um cocô musical gigante.”

Reunion” foi um pequeno passo para o que viria no futuro, com o disco “13”, e a então última turn do Black Sabbath.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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