Pearl Jam: durante show em Pittsburgh, Eddie Vedder faz discurso anti-Trump

Durante apresentação do Pearl Jam, em Pittsburgh, no último domingo (18), o vocalista Eddie Vedder, famoso por sempre se colocar a favor das causas sociais e democratas, soltou o verbo contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois que este abriu investigações, contra Bruce Springsteen, somente pelo fato de o cantor ter apoiado Kamala Harris, candidata derrotada por Trump nas eleições do ano passado o acusando de ter recebido verba da então candidata.

O Pearl Jam fazia a segunda apresentação no PPG Paints Arena, durante a Dark Matter World Tour. Na sexta-feira (16), a banda havia tocado uma versão para a música “My City of Ruins“. No domingo, Eddie Vedder optou por fazer um discurso inflamado, onde falou sobre a retenção de investimentos na educação e no processo legal dos imigrantes.

“A resposta [de Trump] não abordou nenhum desses problemas. Nunca há uma conversa real sobre isso. Tudo que ouvimos são ofensas pessoais e ameaças de que ninguém deve usar seu microfone ou sua voz, ou será silenciado.

Parte da liberdade de expressão é a discussão pública. Parte da democracia é ter conversas saudáveis. O xingamento está tão abaixo de nós. Bruce sempre foi um patriota com seus valores sobre liberdade, e seu senso de justiça sempre permaneceu intacto. E estou falando essas coisas agora para garantir que a minha liberdade de expressão ainda existirá em um ano ou dois”.

Ao contrário do que muita gente acha, o Pearl Jam é uma banda que sempre se posicionou politicamente, derrubando o pseudo-argumento de que música e política não se misturam. Eles se opõem ao “American Way of Life” e ao longo de sua carreira, eles criticaram o armamento (como em “Glorified G“, do álbum “VS.”), apoiam grupos como a Rock for Choice (entidade não governamental que defende o livre direito da mulher de interromper a gestação) e o próprio Eddie disse, em show no Rio de Janeiro, em 2005 que “da próxima vez que a banda viesse ao Brasil, que o mundo seria melhor, pois George Bush não seria mais o presidente”.

Confira abaixo o vídeo.