Porque Rob Barrett não bate mais cabeça nos shows do Cannibal Corpse

 Rob Barrett, guitarrista do Cannibal Corpse, falou em conversa ao podcast “Riffhard”, sobre as mudanças de sua postura no palco, agora que se aproximas dos 55 anos:

Você tem que estar ciente de suas habilidades. É o mesmo que um atleta – você não vê nenhum atleta de campeonato ainda fazendo isso aos 50 anos no nível que fez em seus 20 anos. Então você realmente precisa ser inteligente ao tentar manter esse nível pelo maior tempo possível.

Eu parei de bater cabeça provavelmente há quatro ou cinco anos. Eu senti que já tinha feito isso o suficiente a ponto de me tornar um avô e pensar, ‘Ei, Tony Iommi não está batendo cabeça.’ Eu acho que se seus riffs são bons o suficiente, você não precisa se provar fisicamente e visivelmente assim. E fora isso, todos os outros caras da minha banda estão batendo cabeça como loucos ao meu redor. Então eu simplesmente senti que não precisava mais fazer isso. E toco melhor ao vivo porque não estou nem um pouco focado em ‘Oh, preciso bater cabeça nessa velocidade durante essa parte’. É como se você estivesse dirigindo um câmbio manual – você precisa mudar de marcha com os riffs. Agora estou apenas focado na guitarra e não tendo que fazer mais nada junto com ela.

Rob então foi questionado se já sofreu alguma lesão ou algo do tipo. Ele disse:

“Eu não me machuquei. , puxei algo no pescoço, minhas costas estão me matando” – algo pareceu fora do lugar por um ou dois minutos. Mas não foi ao ponto em que o quiroprático dissesse: “Oh, parece que você sofreu um acidente de carro. Mas ouvi que algumas pessoas realmente disseram isso a elas, e isso é algo que – você pode acabar não sendo capaz de andar eventualmente. Quer dizer, isso não me assustou a ponto de não querer mais fazer isso. Às vezes, se você não bate cabeça no ritmo certo ou algo assim, simplesmente não parece certo, e acho que senti que estava chegando a esse ponto. Eu via vídeos e dizia, ‘Uau, eu estou começando a parecer idiota fazendo isso. Então eu simplesmente parei de fazer isso.”

Questionado se ele simplesmente se cansou de bater cabeça, Rob responde:

 “Sim, acho que me saí muito bem, pelo menos até os 30 anos. ‘Caramba cara.’ Eu estava quase, tipo – não temendo isso, mas apenas, tipo, ‘Porra, aqui vamos nós. Preciso bater cabeça de novo.’

Ainda adoro tocar guitarra, mas bater cabeça se tornou algo que eu realmente não queria mais fazer. Quero dizer, quando você tem Corpsegrinder ao seu lado fazendo aquelas piruetas malucas, ninguém está olhando para mim de qualquer maneira… Prefiro ser ouvido, não visto.”

O Cannibal Corpse lançou seu último disco, “Chaos Horrific”, em setembro passado pela Metal Blade Records e a resenha você pode confererir aqui. 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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