Power Paladin – “With The Magic Of Windfyre Steel” (2021)

O power metal é um dos gêneros mais populares dentro da música pesada. Dos mais diversos cantos do mundo, surgem bandas a todo momento fazendo algo do tipo, seja ele mais “raiz”, ou trazendo novos elementos. O Power Paladin é uma dessas bandas mais recentes, que exploraram todos os clichês possíveis do estilo, e não falo isso de forma pejorativa, mas sim com um olhar de ver uma banda que é feita de fãs, daqueles que realmente amam essa música e não tem medo de mostrar isso em uma produção própria.

Formado em 2017, a banda vem da Islândia, e lançou seu disco de estreia, “With The Magic Of Windfyre Steel“, em 2021, vindo ao Brasil pela parceria Atomic Fire/Shinigami Records, e eles não tem medo ou timidez alguma de expor suas influências, e claro, vocês reconhecer todas. Ao tocar a primeira música, você verá traços do Helloween, Hammerfall, Stratovarius, Iron Maiden, Rhapsody e por aí vai.

A arte do trabalho, muito bem feita por sinal, já retrata a temática, onde cavaleiros, dragões e magos dividem o campo. E é exatamente isso que se encontrará ao adentrar o universo que o disco representa.

O sexteto é competente e entrega o “comum” do power metal, mas isso em momento algum diminui o trabalho dos caras. Ao contrário, eles fazem um álbum consistente, bem amarrado, com histórias que vão de livros a RPG’s, e tudo ao embalo rápido e enérgico dos instrumentais, com vocais altos e com corais em diversos momentos!

A partir da abertura com “Kraven The Hunter“, já caímos na intenção do disco e sabemos do que se trata e o que virá pela frente. “Righteous Fury” é a sequência e uma das melhores do disco. Certeira e com ótimas vibe, a música cativa de imediato e se torna destaque no registro. E aos amantes de Zelda, prestem bem atenção aos teclados durante o solo. “Evermore” traz riffs “cavalgados” ao estilo Hammerfall e dona de um bom solo, com a banda funcionando em um ótimo conjunto. “Dark Crystal”  está pronta para fechar algum jogo épica do PS1 e o faria com dignidade, pois eis aí outro bom momento do álbum, e o vocalista Atli Guölaugsson abrindo com uma baita grito agudo chamando a galera para o bate cabeça e se aproximando da linha do Blind Guardian. Mais adiante nos deparamos com mais riffs rápidos em “Creatures of the Night“, que tem bom seguimento cadenciado. “Into the Forbidden Forest“, com seu nome sugestivo é a faixa mais longa do play, com seus 7 minutos e passeia por diversos momentos e se encontra em um bom refrão de longas notas. Talvez aqui um dos momentos que mais vá pegar aos devotos do power metal com seus longos “ooohh ohhh ohhh”.

Não há nada como reiventar a roda por aqui, mas há sim ótimos momentos de diversão e que pela entrega e homenagem de quem ama o que faz, e antes de tudo era um fã, nos diverte a todo momento e o Power Paladin entrega um ótimo resultado dentro dos seus moldes e que pode até mesmo chegar aos não simpatizantes do estilo.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *