Resenha: Agnostic Front – “Echoes in Eternity” (2025)

Os veteranos (e pioneiros) da cena Hardcore novaiorquina do Agnostic Front, estão de volta com “Echoes in Eternity“, o 13° álbum da banda, que fez os fãs aguardarem por seis anos desde “Get Loud“. 

Lançado no último dia 7 deste mês, o play saiu pela Reigning Phoenix Music e até o momento não tem previsão de sair uma versão brasileira, então, o fã que quiser obter sua cópia, terá que buscar na gringa, ou então escutar nas principais plataformas de streaming. Marca a estreia do baterista Danny Lamagna, que desde 2022 faz parte do Agnostic Front

A demora de seis anos entre dois álbuns, além da pandemia de COVID-19, foi também em função dk diagnóstico de câncer que o vocalista Roger Miret recebeu e após uma bem-sucedida cirurgia, que teve uma vaquinha virtual aberta e ajudou no pagamento das despesas, a doença parece ter desaparecido, para felicidade dos fãs. 

O álbum conta com produção de Mike Dijan, a arte da capa assinada por Ernie Parada e conta com a participação de Darry McDaniels, do Run-DMC na música “Matter of Life & Death“. Ele também aparece no videoclipe lançado para esta canção. As letras trazem temas como os problemas sociais, luta por união, justiça e críticas aos políticos corruptos, o que vai ter de gente reclamando que eles não podem misturar música com política, mas é uma minoria que desconhece a história da banda. 

Como um típico álbum de Hardcore, o álbum tem 15 canções em apenas 27 minutos. Apenas cinco faixas têm mais de 2 minutos de duração, sendo “Matter of Life & Death“, a mais extensa, com três minutos. A música do Agnostic Front é bastante simples, não tem nada de virtuose, o que não significa que o álbum não seja bom, pelo contrário, é ótimo, mostra a banda em ótima fase e é uma prova (se é que eles precisam provar algo) da importância e da influência que a banda exerce em grupos de Hardcore e até mesmo de Heavy Metal. 

Os grandes destaques do álbum ficam por conta de faixas como a raivosa “You Say“, “Tears for Everyone“, que é curta, rápida e grossa, com direito a riffs que flertam com o Metal, “I Can’t Win“, que tem uma baita energia Punk, e “Hell To Pay“, que é bem rápida. O álbum é bem curtinho e tudo que o ouvinte quer fazer ao final é apertar o play novamente e degustar o melhor do Hardcore produzido na maior metrópole do planeta e que acaba de eleger um muçulmano como prefeito, para desespero dos conservadores. 

O álbum é uma ótima pedida para os apreciadores do Hardcore. O Agnostic Front dá aula quando os assuntos são música e consciência de classe. Eles mostraram mais uma vez que fazer o simples também dá muito certo. Mais um álbum para estar em algumas listas dos melhores lançamentos do ano. 

NOTA: 8.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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