Resenha: Alcest – “Les chants de l’aurore” (2024)
O Alcest lançou uma verdadeira atmosfera com seu novo disco, “Les chants de l’aurore“, que saiu pela Nuclear Blast Records, e trazido pela Shinigami Records ao Brasil.
“Komorebi” é quem abre o álbum, nos dando a sensação de cair de nuvens e aos poucos, nessa queda, vamos nos guiando por momentos inspirados, brandos e um pouco caoticos ao final. Elise Aranguren brilha em seus vocais, e desenrola a música com uma fluídez impressionante. “L’Envol” começa sombria e arrastada, com uma carga envolvente avassaladora, e soa com ares do prog feito pelo Pain of Salvation em tempos noventistas, e “Améthyste” é até aqui a mais densa, trazendo uma nuvem negra a audição com passagens climáticas em sua metade, caindo em um tons mais grotescos, com gritos raivosos e angustiantes. “”L’Enfant da la Lune” emprega ares do black metal, mas consegue dar uma beleza quase poética a essa sonoridade, com harmonias que soam hipnotizantes em suas partes principais. “L’Adieu” encerra a obra em tom suave, como o cair da tarde e início de uma noite com ares frescos e de bom aromas.
“Les chants de l’aurore” é um dos grandes momentos musicais de 2024, feito com delicadeza, cuidado e esmero musical de grandes nomes como o Opeth ou o Leprous provocariam, mas com o toque da magia que o Alcest traz, assim que nos deparamos com a linda capa da obra. Fino, de luxo e uma experiência. Ouça sob a luz da lua.
NOTA: 8