Resenha: Amaranthe – “The Catalyst” (2024)
O Amaranthe estava pré-destinado ao sucesso. A banda tinha tudo que a fórmula de algo do gênero precisa ter para alcançar renome. Ainda que não tenha a mesma expressão de outros similares, ao longo dos anos de carreira, eles foram garimpando a sua estrada, e chegaram ao ponto de estarem entre seus maiores amantes e os seus odiadores.
Na Europa, seu prestígio é muito bem visto, com direito a noites esgotadas em diversas cidades. Mas suas produções acabam encontrando algumas barreiras para alguns, soando muito “cristalina e limpa”, o que os difere de outros como um Lacuna Coil ou o Within Temptation, que optam por minutos mais agressivos em certos locais!
Dito isso, estamos diante de sua mais nova empreitada, “The Catalyst“, lançado pela Nuclear Blast e distribuído pela Shinigami Records no Brasil.
A faixa título abre o disco, e mostra traços do death metal melódico associado ao gótico/sinfônico. A música funciona muito bem, com ótimo groove e o dueto de Elize Ryd e Mikael Sehlin funcionam, com a boa química que eles tem. O refrão dançante é uma faceta certeira que a banda adota há um bom tempo e acerta de novo. “Insatiable” exagera nos teclados e se torna mais dançante, com uma batida cravada e é uma boa possibilidade de ficar martelando na sua cabeça pelo dia todo. “Damnation Flame” me soou um tanto genérica e mal colocada em sua ordem no disco, quebrando o bom clima levantado nas duas anteriores. “Liberated” é o Amaranthe jogando em terreno perigoso. Digo isso pela faixa soar um tanto rádiofônica e isso pode incomodar alguns ouvintes, no entanto, é terreno que eles sabem como desbravar e entregar um bom resultado. “Stay A Little While” tem um pequeno flerte com o dubstep, e quem divide o vocal com Elize é Nils Molin, que mostra destreza em mostrar nuances que exigem habilidades vinda de outros estilos, enquanto a própria Elize brilha em notas agudas e altas no refrão. “Re-Vision” é tudo o que os fãs do Amaranthe esperam ouvir de uma música com sua assinatura e se você gosta da banda, irá se esbaldar nesses elementos. “Breaking the Waves” poderia estar facilmente figurando no ótimo “Bleed Out” do Within Temptation, com uma música pesada, com vocais agressivos.
O Amaranthe entrega o que sabe fazer. Se você é familiarizado com a banda e gosta deles, irá se deliciar com o que é entregue aqui, pois tudo que os fez, está aqui. Serve também para os que talvez queiram se aproximar em algum momento, conhecendo uma banda que se apega na modernidade, não tem medo de fugir de chavões e usa fórmulas batidas, mas que conseguem chegar no seu interior e onde precisa estar!
NOTA: 7