Resenha: Andralls – “Universal Collapse” (2024)
Os veteranos da Andralls estão de volta, com “Universal Collapse“, sétimo álbum de estúdio e o segundo desde que a banda retornou suas atividades, no ano de 2015. O play foi lançado em 25 de maio, pelo selo carioca Marquee e mostra que em alguns casos, a maturidade faz muito bem à uma banda.
A banda segue com seu Thrash Metal agressivo, rápido, brutal e passando longe do mainstream, o “Fasthrash”, como eles chamam. Mas também deram espaço para outras vertentes como o Punk, Hardcore e também Death Metal. A produção (que beira a perfeição, diga-se de passagem), gravação e mixagem foi assinada por Rogério Wecko, e a banda utilizou o Dual Noise Studio para eternizar o que encontramos aqui neste petardo.
As letras foram escritas pelo baterista Xandão Brito e tratam experiências pessoais do músico. A capa, bela por sinal, é assinada pelo tatuador Edu Nascimento. O álbum marca as estreias do segundo guitarrista Guilherme Gotto e do baixista Renato Carvalho. É uma diferença em relação ao álbum antecessor, “Bleeding for Thrash“, que foi gravado como um power-trio.
A bolacha é curta e grossa, feito um soco na cara. São 37 minutos e onze faixas, das quais uma é instrumental e outra é uma versão para a famosa “Beber Até Morrer“, do Ratos de Porão. Aqui, o Andralls entrega o que promete e “Universal Collapse” é a prova de que o Andralls é um nome relevante da cena Thrash Metal brasileira, que precisa continuar a mostrar seu valor, já que o maior nome dessa vertente, o Sepultura, irá se aposentar.
Tudo que o Thrash Metal pede, o Andralls apresenta por aqui. Riffs contagiantes, velocidade, peso, misturado à passagens melódicas e até mesmo atmosféricas. Nas partes mais rápidas, como nas músicas “How Many Lives I Need to Die“, “Laws of the Universe” e “Blood, Fire, Revenge“, a banda soa muito como nos tempos de “Force Against Mind“, que de longe é o melhor play já lançado pela banda.
Com a produção caprichadíssima, é perfeitamente possível identificar todos os instrumentos, que soam limpos, o que se traduz em uma experiência auditiva e é um desafio manter o pescoço inerte durante o tempo que o play estiver tocando. Super indicado aos fãs de música rápida, coisa que, felizmente, o Andralls jamais abriu mão. Já está entre os melhores lançamentos nacionais do corrente ano.
NOTA: 9.0
Muito bom!!!! A arte da capa ficou boa!!!! Ouvindo esse album ainda na íntegra…gostei do som dos caras!!!! Valeu!!!!