Resenha: Angra – “Temple of Shadows” edição 20 anos
O Angra firmou a sua segunda formação com o disco “Temple of Shadows“, após a boa recepcitivadade de “Rebirth”.
Lançado originalmente em 2004, o segundo registro com a então nova formação acabou se tornando a obra master do Angra para muitos de seu seguidores, colocando a banda em um novo formato musical, mais apurado do que lançamentos anteriores, e recheado de participações grandiosas e misturas musicais diversas.
Para comemorar os 20 anos do álbum, a Voice Music trouxe uma edição especial do registro, contendo um postêr, o disco totalmente remasterizado e ainda, duas faixas inéditas, as versões mais “cruas” de “Spread Your Fire” e “Late Redemption“.
E falando nas músicas, e da própria “Spread Your Fire“, que é a música responsável por mostrar a direção que o disco tomaria. Um power/speed metal veloz, rebuscado e de refrão grandioso, como todo fã do gênero gosta de ouvir. Edu Falaschi adota um vocal mais rasgado, se aproximando mais do trabalho que fazia com o Almah. Aquiles Priester é quem dá o tom da faixa com linhas de baterias carregadas e luxuosas. “Angels and Demons” vem na sequência e mostra uma cadencia parecida, um pouco mais melódica, principalmente em sua entrada, que traz dobras de guitarras e tempo quebrados que vão encher os ouvidos dos fãs de prog metal. E por falar nisso, a parte instrumental de sua metade que antecede o solo, irá rechear o bolo de musicalidade por aqui. “Waiting Silence” começa com um Angra mais tradicional, mais “reconhecível” para os fãs mais antigos, e logo muda sua roupagem nos versos com ótima presença de Felipe Andreoli e suas linhas do baixo. O refrão um tanto marcante é a cereja no bolo e se torna uma das mais marcantes no disco. “Wishing Well” é a balada que não pode faltar, e soa com tons do folk, nos remetendo as composições do Tuatha de Danann. “The Temple of Hate“, traz o power metal em suas todas as suas veias e tem a participação de um grande ícone do estilo, Kai Hansen, do Helloween/Gamma Ray, que com suas voz mais rasgada é o contraponto com Falaschi e torna a música um prato cheio e requintado para quem é fascinado pelo universo das guitarras rápidas e bateria fritando. “The Shadow Hunter” e suas linhas de violão são um charme a parte, e após alguns minutos, uma mudança sonora drástica acontece e transforma a faixa totalmente. “No Pain for the Dead” parece trilha sonora saída diretamente de algum RPG da Square no PS1, e traz melodias muito bonitas em seu andamento, que aos poucos vai crescendo até explodir em um grande refrão. Sabine Edelsbacher do Edenbridge dá traços mais delicados a faixa e torna em sua “simplicaidade” a faixa mais cativante do disco. “Winds of Destination” traz a parte pesada de volta e começa sem poupar os ouvidos e coloca Hansi Kürsch do Blind Guardian a cargo de abrir as vozes na música, que logo ganha versos quebrados e um bom refrão. Antes do fim, temos “Sprouts of Time” que traz embalos do flamenco, “Morning Star“, que dá alguns traços do que viria no disco seguinte, “Aurora Consurgens” e “Late Redemption“, que traz a voz de ninguém menos do que um dos maiores compositores e cantores do Brasil, Milton Nascimento.
Após 20 anos, “Temple of Shadows” ainda traz grandes lembranças para o fã ardoroso do Angra e do power metal, e a edição de 2o anos é nada mais do que um grande presente a estes.
NOTA: 8
Bons tempos…muita música boa esse disco tem, valeu!!!!