Resenha: Battle Beast – “Unholy Savior” (relançamento)
Battle Beast, foi formada em 2008 e lançou seu álbum de estreia, “Steel”, em 2011. Após uma mudança na formação do vocal em 2012, o segundo álbum da banda, intitulado “Battle Beast“ (2013), chegou ao público. Já o terceiro trabalho, “Unholy Savior“, foi lançado em 2015, consolidando a banda no cenário do heavy metal europeu.
O registro então foi recentemente relançado pela parceria Nuclear Blast e Shinigami Records e traz uma fusão de hard rock melódico e o poder do heavy metal, mantendo a energia imbatível do power metal que é sua assinatura. A abertura com a faixa “Lionheart” é um exemplo claro dessa proposta: um power metal vibrante, com ritmo acelerado, riffs marcantes e um refrão de fácil assimilação, que convida o ouvinte a cantar junto. A então vocalista, Noora Louhimo, mostra uma extensão vocal muito boa. Uma introdução sólida, que segue para a faixa-título “Unholy Savior“, um clássico do hard rock melódico, com uma base rítmica forte e que incita o movimento do corpo, seja com os pés ou com a cabeça.
Com “I Want The World…And Everything In It“, a banda homenageia o legado do New Wave of British Heavy Metal, entregando uma faixa cheia de energia, com riffs vibrantes e um ritmo pulsante que contagia imediatamente. A agressividade do álbum cresce ainda mais com “Madness”, que assume uma postura mais direta, mantendo a intensidade e a atitude implacável.
Em seguida, a banda demonstra seu talento de forma diferente com “Sea Of Dreams“, onde a desaceleração do ritmo oferece uma pausa no turbilhão sonoro. A música desliza suavemente, enquanto os vocais emocionantes e quase sinfônicos preenchem o espaço, oferecendo uma nova faceta do Battle Beast, que se distancia um pouco do seu estilo habitual para mostrar uma maturidade musical crescente e que viria se tornar mais comum no decorrer dos anos.
Isso não significa que o grupo tenha abandonado suas raízes no power metal. Ao contrário, “Speed And Danger” comprova que a banda segue fiel ao estilo, mergulhando de cabeça no speed metal. A faixa, com seu ritmo frenético, é o verdadeiro pesadelo para os headbangers, fazendo os músculos do pescoço balançarem sem parar.
Outro ponto alto do álbum é “Touch In The Night“, uma faixa que remete fortemente ao Judas Priest, com uma pegada melódica de hard rock que se transforma em um hino memorável, destacando-se pela sua força e impacto. Já “The Black Swordsman” faz uma transição inesperada com seu estilo acústico e uma performance vocal crescente, funcionando como uma introdução para “Hero’s Quest“, um instrumental imponente e épico.
A faixa “Far Far Away” é um marco no álbum, com riffs intensos e uma performance vocal que poderia ser considerada uma das melhores do disco. Sua construção, com um refrão digno de um hino, promete ser cantada em coro por multidões em shows ao vivo, acompanhada da energia que transborda dos instrumentos.
O álbum chega ao fim com a balada “Angel Cry“, outra composição acústica que exibe um crescente emocional nas vocais, encerrando o disco com uma nota reflexiva e poderosa.
O trabalho colocava de vez o Battle Beast no circuito de bandas melódicas, e ainda, destacava uma banda em evolução, disposta a explorar novas sonoridades e expandir os limites de seu próprio estilo. Mais do que apenas uma banda de power metal, o Battle Beast mostrou que estava pronto para continuar sua ascensão no cenário global do heavy metal.
NOTA:7